![]() | Europa e América Latina integradas por gradesO principal objetivo do projeto e-infra-estrutura compartilhada entre Europa e América Latina (Eela, do nome em inglês) é integrar projetos de e-ciência europeus e latino-americanos. Iniciado em janeiro de 2006 e com duração prevista de dois anos, o Eela conta com recursos da ordem de 1,7 milhão de euros, oriundos da Comissão da União Européia (UE), por meio do programa Information Society Technologies (IST). O projeto é coordenado pelo Ciemat (Centro de Investigações Energética, Meio-ambientais e Tecnológicas), da Espanha. As 21 entidades que compõem o projeto Eela têm estabelecido uma rede de colaboração para compartilhar uma infra-estrutura de grade computacional, que servirá de suporte ao desenvolvimento e teste de aplicações avançadas. A meta é criar uma infra-estrutura comum, interconectada por meio das redes Clara e Géant, em que algumas aplicações são implementadas: biomedicina, física de altas energias, educação a distância e clima, entre outras. EGEE: modelo para o EelaO Eela segue o modelo do projeto europeu EGEE (Enabling Grids for E-science). Em EGEE, são compartilhados quase 30 mil CPUs (unidades de processamento central) e 5 milhões de gigabytes de recursos de armazenamento (o equivalente à capacidade de mais de 7 milhões de CDs), localizados em diversos países da Europa. Há diversos estágios na implantação da grade computacional do Eela. Um dos mais importantes é a instalação de um middleware que possibilita a interoperação dos computadores ligados à infra-estrutura. Outra etapa importante é a adaptação e escala das aplicações já existentes ao novo ambiente do Eela para uso de um extenso número de recursos, distribuídos pela e-infra-estrutura, e o desenvolvimento de novas aplicações. Na prática, o que o projeto disponibiliza aos pesquisadores é uma e-infra-estrutura muito potente, agregando um grande volume de recursos computacionais, de comunicação e de armazenamento de dados, para fazer investigações complexas. Programas são distribuídos por várias máquinas, o que permite processamento de dados, em larga escala, para estudos, por exemplo, de medicina e de bioinformática, que demandam coleta de uma grande quantidade de informações e verificações combinadas a curto prazo. ParceirosInstituições européias conceituadas, como o Cern (Organização Européia de Pesquisas Nucleares), situada na Suíça, e o Instituto Nacional de Física Nuclear, na Itália, fazem parte do Eela. Na América Latina, sete países estão representados no grupo, entre eles Brasil, Chile e Argentina. Do Brasil, participam do projeto a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além do Cecierj/Cederj, consórcio de universidades públicas do estado do Rio. A Clara recebe 8% dos recursos do financiamento para executar o projeto na América Latina. Metade desses recursos é direcionada à RNP, que hospeda o grupo de engenharia da Rede Clara, e é responsável pela coordenação do suporte de redes para o Eela. | Notícias relacionadas: RNP promove encontro para formação de consórcio em e-ciência Novas instituições de pesquisa vão incrementar o Eela-2 [RNP, 20.03.2007] |