Programa  > Redes Programáveis: Indústria e Academia

Palestra

Sexta-feira, 28.10 às 09:00

Presencia-se atualmente a adoção em larga escala de redes IP por empresas e corporações não só para serviços de dados 'textuais' mas também para serviços tradicionalmente providos por redes 'dedicadas', como telefonia e distribuição de vídeo. A aceitação do IP como tecnologia de transferência para serviços tão distintos deve-se em grande parte à sua habilidade de prover ubiqüidade de acesso a esses serviços de modo independente das tecnologias de infra-estrutura subjacentes. Além disso, o serviço de transferência provido pelo IP, baseado em 'melhor esforço', permite o oferecimento de novos serviços de nível de aplicação em escala global de forma incrivelmente rápida.

Apesar da ampla adoção de redes IP, os requisitos impostos por novas aplicações podem muitas vezes, atravancar o desenvolvimento e implantação adequados de novos serviços de nível de aplicação. Esses requisitos podem demandar, por exemplo, mecanismos de sinalização específicos para reserva de recursos (com vistas à provisão de QoS), serviços de multicast confiável, ou a presença de elementos intermediários adicionais dos mais variados tipos (proxies, caches, filtros etc). O que se discute, tanto na Academia quanto na Indústria, é que a
arquitetura de rede em que se insere o protocolo IP precisa ser estendida ou modificada de modo a permitir a introdução rápida de novos serviços que dependam de requisitos aos quais o serviço tradicional de melhor esforço não pode atender.

O objetivo da palestra é apresentar os principais desenvolvimentos, tanto na Academia quanto na Indústria, relacionados à "Redes Programáveis". As "Redes Programáveis" foram propostas inicialmente na Academia como uma abordagem para a implantação rápida e flexível de novos serviços em equipamentos de rede (roteadores, switches e outros elementos intermediários). A idéia básica por trás de Redes Programáveis é permitir a 'injeção' de mecanismos específicos
implementados como software nesses equipamentos (sem a interrupção de serviços pré-existentes), de modo que a rede IP seja capaz de atender a serviços de nível de aplicação particulares.

Na Indústria, diversos fabricantes têm procurado atender à demanda de 'programabilidade' imposta por essa nova abordagem através do desenvolvimento de equipamentos que dissociem cada vez mais o software responsável pelo controle desses equipamentos do hardware responsável pela transmissão de dados. As 'unidades de processamento de rede' (Network Processing Units - NPUs) representam o estado-da-arte desses equipamentos. As NPUs são, nesse contexto, um dos principais focos da palestra.

Apresentador

  • Antônio Tadeu Azevedo Gomes (LNCC) [BR]

    formou-se Doutor em Informática na Área de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos pela PUC-Rio. É Tecnologista Pleno da Coordenação de Sistemas e Redes do LNCC/MCT. Também é professor do Curso de Especialização em Redes de Computadores da CCE/PUC-Rio e do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Estácio de Sá.

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