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Terceiro dia do Workshop Giga discute tecnologia de grades

Sistemas distribuídos são utilizados em áreas diversas

No terceiro dia do Workshop de Pesquisa e Desenvolvimento do Projeto Giga/RNP, que ocorre de 3 a 6 de setembro, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, foram apresentados os resultados dos subgrupos que implementaram ou usaram infra-estruturas de redes em ambientes de computação distribuída (grades) para aplicações científicas.

Várias das apresentações evidenciaram o aproveitamento da rede experimental do Projeto Giga. O subprojeto "Organização virtual", apresentado por Mario Gomes Muzzi, do Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS) é um exemplo. A motivação das equipes do LNLS (coordenadora do subprojeto) e do parceiro LNCC foi melhorar o desempenho computacional de aplicações científicas em bioinformática estrutural através de uso de uma grade.

Segundo Renato Cerqueira, da PUC-RJ, coordenador do subprojeto que desenvolveu o software CSBase - que conta com serviços atualmente usados na área petrolífera -, mais testes precisam ser feitos no âmbito do Giga, para que se verifique se este software vai suportar rodar diversas aplicações científicas paralelas. Essa experiência foi considerada bem-sucedida pelo palestrante, por conta das novas funcionalidades implementadas na infra-estrutura.

O subprojeto coordenado por Marco Antonio Gutierrez, do InCor/USP, usou a rede experimental do Giga para desenvolver sistemas distribuídos em medicina. Para Gutierrez, o ambiente de grade é fundamental para garantir o processo automático de armazenamento de imagens, como exames, sem necessidade de manipulação humana. O grande desafio foi integrar informações heterogêneas, manipular grande volume de informação, e disponibilizar as imagens rapidamente para o médico. Hoje, profissionais do InCor já consultam simultaneamente informações sobre pacientes. Outros subprojetos desenvolveram infra-estruturas computacionais para dar conta de aplicações para o estudo de genômica, física, meteorologia e matemática, entre outras áreas.

Coordenadores de projetos de grande porte que usam grades há algum tempo, como o Eela (E-Infrastructure shared between Europe and Latin America)/Eela-2 (2008/2009) e o Hepgrid-Brasil (High Energy Physics and Grid Network), mostraram aos presentes vantagens no uso de grades para estudos que envolvem extensa quantidade de dados. Apesar de não receberem recursos financeiros do Giga, os dois projetos usaram a rede em seus experimentos.

Os participantes do workshop ainda assistiram, por videoconferência, a apresentações de dois convidados norte-americanos: Marc Fiuczynski, da Universidade de Princeton, e de Harvey Newman, do California Institute of Technology (Caltech).

[RNP, 06.09.2007]