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Conexões virtuais do RNP2 são atualizadas

Backbone acompanha crescimento da demanda


O aumento da demanda de tráfego no backbone RNP2 fez com que o Centro de Engenharia e Operações da RNP (CEO) elevasse a capacidade de várias conexões virtuais (VP, do inglês Virtual Path) da rede.

Quando o backbone RNP2 começou a ser implantado, em maio de 2000, já estavam previstas atualizações das conexões virtuais de acordo com o crescimento de demanda em cada Ponto de Presença (PoP). A capacidade das portas de acesso instaladas em cada PoP é maior do que a soma dos VPs que saem dos PoPs, o que permite atualizações nas velocidades dos VPs sem necessidade de troca de hardware ou do meio físico.

O que são Virtual Path e Porta de Acesso?

Tomemos como exemplo uma fibra óptica com acesso de 155 Mbps em ATM: a fibra (meio físico) é disponibilizada pela Embratel e conectada ao switch (hardware) do PoP da RNP a partir de uma porta WAN (hardware) com capacidade de 155 Mbps. Esta porta WAN é chamada de Porta de Acesso. Esta "porta de entrada" é uma interface física e tem que ser do mesmo tipo da "porta de saída" existente na Embratel. Ou seja, se a porta da Embratel é de 34 Mbps, a do switch localizado no PoP será de 34 Mbps e assim por diante. Se RNP e Embratel optarem por um acesso de maior capacidade, terão que mudar as portas WAN de ambos os lados: na ponta de saída na Embratel e na ponta de entrada no PoP. Os Virtual Paths são virtuais porque são configurações lógicas (alterações na programação - software) feitas no switch, ou seja, não implicam em mudanças de hardware nem do meio físico. A única limitação dos Virtual Paths é que a soma deles não pode ultrapassar a capacidade da porta WAN.

Desta forma, temos, por exemplo, uma porta de acesso de 155 Mbps no PoP do Rio de Janeiro, onde estão configurados 11 VPs com capacidades diversas. A soma destes VPs chega a 86 Mbps. Portanto a infra-estrutura instalada permite ainda um acréscimo de quase 70 Mbps nas linhas virtuais saídas do Rio de Janeiro. Com este panorama, o CEO acredita que a estrutura física instalada é capaz de suportar a demanda de tráfego por muito tempo ainda. Caso seja necessário, novas atualizações serão feitas nas conexões virtuais.

Uma nova rede para os novos tempos

A evolução das redes Internet acontece em grande velocidade. Em fins da década de 60 o Departamento de Defesa do governo dos Estados Unidos criou a ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), uma rede com fins militares que mais tarde se transformaria na Internet. A seguir, várias universidades foram criando suas redes e integrando centros de pesquisa principalmente nos EUA. Na passagem dos anos 70 para os 80 as redes começaram a se expandir velozmente e acabaram se transformando no que hoje conhecemos como Internet. Com a queda nos preços dos equipamentos, a Internet, que estava restrita à esfera acadêmica, acabou se estendendo aos lares, formando a grande rede de uso comum que é hoje.

Em 1988, os primeiros embriões de rede surgiam no Brasil, ligando universidades e centros de pesquisa do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre a instituições nos Estados Unidos. Para unir estas redes embrionárias e formar um backbone de alcance nacional, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) criou o projeto Rede Nacional de Pesquisa (RNP), em 1989.

Em 1992, enquanto a RNP implantava o primeiro backbone nacional brasileiro, Tim Berners-Lee criava a World Wide Web, no laboratório suíço CERN (Laboratório Europeu de Estudo de Partículas Físicas). A World Wide Web possibilitou a comunicação via Internet com o uso do hipertexto, dando um grande impulso ao uso comercial da rede. Em 1995, o MCT abria a rede brasileira para provedores privados.

A abertura da Internet sobrecarregou a rede, fazendo com que o meio acadêmico começasse a se preocupar em criar uma nova infra-estrutura ou novas tecnologias para conseguir dar vazão a suas pesquisas com eficiência. Paralelamente, novas demandas também foram surgindo. Em fins de 1996, um grupo de 34 universidades dos Estados Unidos criou o projeto Internet2.

A rede da RNP passou pelo mesmo processo. De 1992 a 1999 várias atualizações foram feitas no backbone da RNP, com o objetivo de acompanhar o aumento da demanda de seus usuários e ampliar a capilarização da rede. Em 1997, criou-se o projeto de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (ReMAVs) com o intuito de experimentar e disponibilizar uma infra-estrutura de redes de alta tecnologia. Três anos depois, com a Internet comercial já consolidada, a RNP deu o grande salto no aprimoramento da rede nacional acadêmica, implantando o backbone RNP2. Com a nova rede é possível à comunidade acadêmica desenvolver projetos de aplicações avançadas como, por exemplo, videoconferência, transmissão de voz sobre IP e bibliotecas digitais para uso em áreas como telemedicina, educação a distância, sistemas georeferrenciados etc..

Paralelamente, a RNP deixou de ser um projeto prioritário do MCT e transformou-se numa associação de caráter privado e interesse público chamada Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. Com este novo status jurídico, a RNP continua seus trabalhos de operação do backbone acadêmico e difusão de conhecimento na área de redes, e pode também buscar parcerias na iniciativa privada para o atingimento de seus objetivos.

A atualização das conexões virtuais faz parte desta iniciativa de manter uma rede eficiente operando com qualidade de serviço. Ainda em 2000, a atualização dos pontos de troca de tráfego com o backbone da Embratel foi outra medida tomada neste sentido. As linhas internacionais também passaram por um processo de renovação, sendo trocadas por uma conexão de 155 Mbps em 16 de fevereiro de 2001, o que possibilitará o acesso a outras redes Internet2 do mundo.

[RNP, 11.03.2001]

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