RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

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Sobre a RNP 
 

Em 1988, já se formavam no Brasil alguns embriões independentes de redes, interligando grandes universidades e centros de pesquisa do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre aos Estados Unidos. Para discutir a integração destes esforços e coordenar uma iniciativa nacional em redes no âmbito acadêmico, o Ministério da Ciência e Tecnologia formou um grupo composto por representantes do CNPq, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e das fundações de amparo à pesquisa dos estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (Fapesp, Faperj e Fapergs, respectivamente). Como resultado, surge o projeto Rede Nacional de Pesquisa (RNP), formalmente lançado em setembro de 1989.

Fase I

O período de 1991 a 1993 foi dedicado à montagem da chamada Espinha Dorsal (backbone) Fase I da RNP. Em 1993, a RNP atendia a onze estados do país, com conexões dedicadas a velocidades de 9,6 a 64 Kbps.

Fase II

A partir de 1994, com o grande aumento de instituições conectadas à rede, ampliou-se a demanda sobre o backbone do Projeto. Paralelamente, percebeu-se que aplicações interativas não eram viáveis a velocidades inferiores a 64Kbps. Assim, o período de 1994 a 96 foi dedicado à montagem da Espinha Dorsal Fase II da RNP, com uma infra-estrutura bem mais veloz que a anterior. A RNP firmou-se como referência em aplicação de tecnologia Internet no Brasil, oferecendo apoio ao surgimento e desenvolvimento de variadas iniciativas de redes estaduais. Em maio de 1995, teve início a abertura da Internet comercial no país. A RNP deixou de ser um backbone restrito ao meio acadêmico para estender seus serviços de acesso a todos os setores da sociedade. A capacidade de conexão internacional chegava a 4 Mbps.

Fase III

Entre os anos de 1996 e 1998, a RNP obteve consideráveis melhorias em sua infra-estrutura, ampliando a capilaridade e velocidade de suas linhas. Com a evolução da Internet pública no Brasil e a multiplicação de provedores comerciais, a RNP pôde voltar-se novamente para a área acadêmica. A partir do lançamento do edital "Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade" (Remavs), em outubro de 1997, a RNP deu início à terceira fase do projeto, denominada RNP2. Optou-se pelas Remavs porque havia, na época, uma carência de infra-estrutura de fibras ópticas de alcance nacional. O objetivo era incentivar o desenvolvimento de uma nova geração de redes Internet, interligando todo o país numa rede de alto desempenho e conectando-se a outras iniciativas de redes avançadas no mundo. No final da década de 1990, os links do backbone com o exterior alcançavam 8 Mbps.

RNP2 – ATM

Ao longo dos últimos anos da década de 1990, as operadoras de telecomunicação foram ampliando suas infra-estruturas de fibras ópticas. Desta forma, em maio de 2000, o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota Sardenberg, pôde inaugurar o novo backbone RNP2, o qual alcançava os 26 estados da federação e o Distrito Federal. Eram usadas as tecnologias de transmissão Asynchronous Transfer Mode (ATM) e Frame Relay (FR).

Em fevereiro de 2001, a capacidade de tráfego internacional do RNP2 foi ampliada para 155 Mbps com a inauguração de um novo link com os Estados Unidos.

Em agosto de 2001, foi ativado um canal de 45 Mbps entre o RNP2 e a rede do projeto Internet2, dos Estados Unidos. O enlace foi cedido pelo projeto Americas Path Network (Ampath), que integra outras redes avançadas nos três continentes americanos.

Uma nova conexão, desta vez com a portuguesa Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS), da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), foi estabelecida em fevereiro de 2002. O enlace, de 2 Mbps, possibilitou a realização de projetos conjuntos entre pesquisadores brasileiros e portugueses ao longo de mais de um ano. Foi desativado em 2003.

Em 2004 a RNP integrou-se à Rede Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas), a qual encontra-se conectada às redes avançadas da Europa e dos Estados Unidos. Nesta ocasião, foi desativado o link direto da RNP com a Internet2.



RNP2 – SDH

A partir de março de 2004 os enlaces ATM e FR do backbone RNP2 começaram a ser substituídos por enlaces SDH (synchronous digital hierarchy ou hierarquia digital síncrona). A vantagem sobre o ATM é que os dados podem ser empacotados diretamente sobre este protocolo, o que não ocorria com a tecnologia ATM. Desta forma, cabem, na prática, mais dados em um canal com, teoricamente, a mesma capacidade. Os links interestaduais chegaram a 622 Mbps.