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Relatório Técnico do 1^º Seminário de Capacitação em Redes Metropolitanas de Alta Velocidade REMAV/ATM

 

 

Adailton J. S. Silva

Julho de 1998

 

 

 

Documento N° RNP / REL / 0402

 

Sumário

1. Introdução
   

Este documento apresenta o relatório técnico do 1^º Seminário de Capacitação em Redes Metropolitanas de Alta Velocidade RNP/Protem.

Além de informações sobre a montagem do laboratório, são apresentados também alguns comentários a respeito da parte prática do curso, sobre o endereçamento ATM. No Apêndice A é apresentado um resumo geral das avaliações do curso feitas pelos participantes.

2. Conteúdo Teórico

O material distribuído, com apostilha entitulada como "Rede ATM para a RNP" datava de 1995 com Copyright da IBM Brasil. Ou seja, é um material ultrapassado quase três anos. Em apenas um dia, com este material, foram abordados os seguintes tópicos:

3. Laboratório ATM

Com base na lista de equipamentos sugerida, todo o laboratório ATM foi integralmente desenhado e montado pelo LCT, com a colaboração fundamental do SSO. Não existiu nenhum desenho e nem roteiro para as aulas práticas por parte da empresa contratada. A Figura 1 abaixo mostra a topologia geral da rede.

Figura 1 – Topologia geral da rede ATM do laboratório

Através do acesso Internet disponibilizado na rede do laboratório, foi possível fazer download de versões mais atualizadas dos microcódigos dos switches. Estes microcódigos e outras informações serão disponibilizados em Web e incluídos no sistema de Mirror da RNP. Assim que as URLs estejam disponíveis, será informado através das listas de discussão dos consórcios.

Devido ao curto espaço de tempo entre a confirmação do seminários e o início do mesmo, e à falta de planejamento das aulas práticas solicitado à empresa contratada, uma das estações RS6000 e um dos microcomputadores PCs não foram devidamente instalados e configurados na rede ATM.

Além disso, logo após as aulas teóricas do primeiro dia, perdeu-se muito tempo (aproximadamente três horas) no início da noite aguardando o instrutor concluir algumas ligações telefônicas que pareciam ser de suporte técnico a outras empresas. Após esse período, as atividades de preparação e configuração transcorreram até as 02:30 horas. Isso poderia ter sido evitado se o tempo de preparação fosse maior e se instrutor chegasse a Campinas dois ou três dias antes do curso.

3.1 - Lan Emulation e Classical IP

Durante as demonstrações de configuração dos equipamentos surgiram alguns problemas imprevistos, que se prolongaram por aproximadamente 40 minutos. Isso tornou as aulas práticas bastante cansativas e monótonas. Apesar disso, foram apresentados vários aspectos interessantes da configuração dos equipamentos como: Lan Emulation com configuração de LES (Lan Emulation Server), LECS (Lan Emulation Configuration Server e LEC (Lan Emulation Client); e IP sobre ATM (Classical IP).

Não foi apresentado nenhuma configuração prática referente ao protocolo PNNI-1 (Private Node-to-Node Interface 1) e nem MPOA (Multiprotocol over ATM) porque os microcódigos dos switches estavam desatualizados e também porque não havia tempo hábil pra isso.

3.2 – Vídeo sobre ATM

Como mostrado na Figura 1, nesse experimento foi instalada uma câmara de vídeo conectada à entrada do servidor VAN (Video Access Node) 8300. Na saída do outro servidor VAN foi instalado o canhão para apresentar a imagem num telão. A câmara de vídeo foi direcionada para captar a imagem de uma TV que estava ao lado do telão. Com isso deu para perceber visualmente o atraso da rede gerado na transmissão ATM, mas a qualidade da imagem era perfeita e sem paradas e saltos.

No segundo dia as atividades também transcorreram até por volta da 02:00 horas na tentativa de se configurar os servidores de vídeo do experimento citado acima.

3.3 – Documentação IBM

Foi colocado pelo instrutor que seria interessante a solicitação à IBM de um kit de CDs com documentação dos produtos e manuais de procedimentos. As referencias para esse kit são:

4. Endereçamento ATM
   

Durante a parte teórica do curso foi discutida também algumas questões referentes ao endereçamento ATM. O endereçamento ATM único será imprescindível para a futura integração das redes metropolitanas dos consórcios e para o sucesso do projeto como um todo.

Indiquei que a RNP estaria estudando e definindo o melhor método para o endereçamento ATM hierárquico integrado, baseado em um dos métodos de endereçamento: DCC (Data Country Code) ou ICD (International Country Designator); com a seguinte subdivisão dos 20 bytes de endereços: rede nacional, rede regional, rede metropolitana, rede de campus, subredes, grupos, subsistemas e sistema final (dispositivo do usuário).

 

5. Considerações Gerais
   

De uma forma geral o curso foi razoavelmente proveitoso, mas bastante cansativo. Os resultados e comentários das avaliações apresentadas no Apêndice A reflete o curso com um todo. Realmente se houvesse um tempo maior para planejamento (período entre a confirmação do curso e sua efetivação), muitos dos problemas e críticas teriam sido minimizados.

Foram criadas duas novas listas http://listas.protem.cnpq.br/ (RMAVTEC – rmavtec@protem.cnpq.br e RMAVADM – rmavadm@protem.cnpq.br, para discussões de temas técnicos e administrativos respectivamente.

Outro aspecto que deve ser considerado é que, dos assuntos apresentados no item 2 do presente relatório, apenas 01 dia é muito pouco tempo para se abordar tantos assuntos de uma única vez.

Vale lembrar também a questão de se definir rapidamente o esquema de endereçamento ATM a ser utilizado pelos consórcios. Este esquema já deve prever integração com um possível backbone ATM da Rede Nacional de Pesquisa.

 

6. Apêndice A – Resumo Geral das Avaliações

Organização : RNP/PROTEM (Nelson Simões, Adailton Silva, Celso Capovilla e Wilma Silva, pela RNP; Wagner Meira e Renata Rocha, pelo Protem)

Local e Data: Campinas, SP, 01 a 03 de Julho de 1998

Instrutor : Omar Cascudo Rodrigues (Workers Informática)

Participantes: 30 (lista anexa) , dos quais 22 responderam ao questionário de avaliação.

6.1. Avaliação do Instrutor

1. Ótimo, 2. Bom, 3. Regular, 4. Ruim, 5. Péssimo.

6.2. Avaliação do Laboratório e Aulas Práticas

Utilizando uma escala de 1 a 10, foi avaliada a estrutura do laboratório e a parte prática como um todo.

Nota para o laboratório: [ 7 ]

Comentários adicionais:

• Nas aulas práticas faltaram roteiro, material de apoio e participação mais ativa no processo de configuração dos equipamentos;
• Os participantes poderiam ter tido mais contato com os equipamentos;
• Estrutura do laboratório foi boa;
• Criação de grupos visando exercícios práticos seria interessante;
• Os equipamentos deveriam ser iguais aos enviados para os consórcios;
• Falhas imprevistas, na demonstração de alguma atividade, tenderam a dispersar a atenção do grupo. Para corrigir esse problema, melhor seria mudar para outra atividade, quando possível, e retornar ao problema em outra oportunidade;
• Surgiram problemas que demonstraram que as práticas não foram previamente testadas antes de serem apresentadas.