RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

english | español


 

 
RNP na Mídia 
 

Teleconsultoria reduz encaminhamentos de pacientes no interior de Minas Gerais


Hospitalar.com

26.01.2011


A teleconsultoria em saúde, sistema pelo qual equipes do programa Estratégia Saúde da Família obtêm apoio remoto de especialistas de universidades, tem reduzido os encaminhamentos de pacientes a hospitais de Minas Gerais. A constatação é da médica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Beatriz Moreira Alkmim, que com sua tese de mestrado ganhou o Prêmio de Incentivo em C&T para o SUS 2010.

Intitulado “Fatores Associados à Utilização de Sistema de Teleconsultoria na Atenção Primária de Municípios Remotos de Minas Gerais”, o estudo foi realizado em 2009, em 214 municípios de pequeno porte que participavam do serviço de teleconsultoria do Centro de Telessaúde do HC/UFMG, e apontou que o uso do sistema evitou o encaminhamento em 78% dos casos analisados. Segundo a pesquisadora, isso é mais confortável para o enfermo e reduz os custos do sistema público de saúde e das prefeituras municipais. Maria Beatriz é coordenadora do núcleo Rute (Rede Universitária de Telemedicina) da UFMG, iniciativa coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Segundo Maria Beatriz, o estudo permitiu identificar os fatores associados à utilização do sistema, as principais dificuldades e os fatores de sucesso. Apesar dos evidentes benefícios da ferramenta, a pesquisa detectou uma sub-utilização do serviço. A aplicação dos resultados na rotina do serviço, porém, levou a uma melhora significativa da utilização das teleconsultorias e aumento do número de municípios conectados, afirma a pesquisadora. Coordenadora do núcleo Rute (Rede Universitária de Telemedicina) da UFMG, iniciativa coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Maria Beatriz afirma que a intenção do estudo foi mostrar o potencial da ferramenta e que ela pode ser incorporada ao sistema de saúde público.

Como funciona a teleconsultoria:

Antes de encaminhar pacientes para consultas em cidades maiores, os profissionais usam o sistema de teleconsultoria, interface na internet que permite troca de informações entre as equipes e especialistas de universidades.

Podem ser encaminhadas informações clínicas e fotografias de lesões, por exemplo, de modo que o profissional tenha uma segunda opinião sobre enfermidades, tornando mais precisos os diagnósticos e facilitando o seu tratamento Rede Universitária de Telemedicina (Rute).

O objetivo da Rede Universitária de Telemedicina é aprimorar a infraestrutura de comunicação para telessaúde presente nos hospitais universitários, criar Unidades de Telemedicina e Telessaúde e promover a integração dos projetos existentes nesta área. Na primeira fase da Rute, 19 instituições foram beneficiadas. A expansão da iniciativa foi iniciada em agosto de 2007. Hoje em sua terceira fase, a rede é formada por 132 instituições, distribuídas por todos os estados do Brasil. Existem núcleos da Rute inaugurados em hospitais universitários de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Paraná, Bahia, São Paulo, Ceará, Paraíba, Pará, Sergipe, Distrito Federal.

RNP

Responsável pela introdução da internet no Brasil em 1992, a RNP opera a rede acadêmica nacional, a rede Ipê. Sua missão é promover o uso inovador de redes avançadas no país. Mantida pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, atua no desenvolvimento e na prestação de serviços em três áreas: infraestrutura de redes de alto desempenho, aplicações avançadas e formação de recursos humanos em redes. A rede Ipê é uma infraestrutura de alto desempenho para colaboração e comunicação em educação e pesquisa que alcança os 26 estados da federação e o Distrito Federal, interligando cerca de 600 instituições de ensino superior e de pesquisa e beneficiando mais de um milhão de usuários. A RNP está conectada às redes acadêmicas latino-americana (RedClara), europeia (Géant) e norte-americana (Internet2), além de ter conexão própria com a internet mundial.

fonte: http://www.hospitalar.com/noticias/not4713.html

Consulta em noticias