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Acesso em redes Wi-Fi requer cuidados

O crescimento das opções de acesso sem fio também é acompanhado do aumento dos riscos de incidentes e invasões


Diário do Nordeste

10.09.2007


Com o aumento das vendas de notebooks e a popularização dos chamados ‘‘hotspots’’ — locais onde a conexão sem fio (Wi-Fi) com a internet é oferecida —, hoje é crescente também o número de usuários conectados a redes sem fio. Mas, além da mobilidade e praticidade que esses serviços oferecem, a questão da segurança das informações que circulam através dessas redes, seja em casa, no trabalho ou em um ambiente público, exige uma atenção especial do usuário. A facilidade e a popularização deste tipo de acesso tem aumentado o número de usuários e, consequentemente, os incidentes e invasões de hackers no sistema.

Segundo Ronaldo Castro de Vasconcellos, analista de segurança da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), os pontos de acesso Wi-Fi são conexões abertas, não havendo muitas vezes nenhum mecanismo de segurança que aplique criptografia ao trafego de informações entre o laptop e o roteador. Assim, com ferramentas certas, uma pessoa mal intencionada ou cracker (um hacker mal intencionado) pode, por exemplo, interceptar conexões e fazer ataques de negação de serviço (DoS - Denial of Service). “Existem vários golpes em que redes paralelas são montadas para obter informações e é por isso que o usuário deve estar ainda mais atento ao conectar-se à rede sem fio”, alerta o especialista.

Para Marcelo Almeida, diretor comercial da Energy Telecom, empresa cearense que oferece soluções de segurança para redes de computadores, até mesmo os usuários domésticos que criam suas redes sem fio e colocam uma chave de criptografia para protegê-las correm risco de ter suas informações interceptadas. ‘‘Hoje, os sistemas wireless convencionais usam chaves de criptografia de 64 bits, que podem ser quebradas em duas horas, ou de 128 bits, que podem ser quebradas em uma semana’’, diz.

Para evitar problemas de segurança no acesso em locais públicos, Ronaldo Castro recomenda que o usuário deve certificar-se de que a rede Wi-Fi que está sendo acessada pelo notebook é a mesma que o hotspot oferece. Assim, ele evita a armadilha da rede paralela, montada para captar informações dos usuários.

O usuário também não deve esquecer de manter os mesmos procedimentos de segurança das redes cabeadas, como a atualização do sistema operacional e aplicativos com antivírus, firewall pessoal, anti-spyware e anti-spam. Castro recomenda a instalação de certas atualizações do Windows XP (KB893357 e KB917021). As alterações feitas no sistema auxiliam na atenuação de alguns tipos de ataque. Em um dos ataques possíveis, o cracker consegue identificar as redes que o notebook do usuário está procurando ao ser iniciado e se faz passar por estas redes, permitindo a captura de dados, como senhas, por exemplo. A atualização do sistema muda o comportamento do computador ao buscar as redes, dificultando este tipo de ataque.

Para empresas que oferecem acesso sem fio e até mesmo usuários domésticos, Marcelo Almeida aconselha o uso de um ‘‘appliance’’ (conjunto unificado de hardware e software) de segurança. ‘‘Além de oferecer todos os controles básicos de rede, o appliance SonicWALL possui também um sistema de prevenção contra intrusos que analisa e bloqueia todo o conteúdo inapropriado face ao volume de informações que trafegam pela rede e ainda gera relatórios sobre o que acontece na rede’’, destaca. Segundo ele, a solução também impede que um outro usuário da mesma rede visualize sua conexão e intercepte suas informações.

DICAS

  • Certifique-se de que a rede Wi-Fi que está sendo acessada é a mesma que o hotspot oferece. Redes paralelas podem servir de armadilha.
  • Mantenha atualizados o sistema operacional e aplicativos antivírus, firewall pessoal e anti-spyware.
  • Instale as atualizações do Windows XP (KB893357 e KB917021), que mudam a forma do computador procurar as redes e dificultam alguns ataques.
  • Desative todos os compartilhamentos permitidos pelo notebook, acesso remoto (VNC e Remote Desktop). Muitos hotspots permitem o acesso entre os laptops conectados à rede.
  • Se não houver acesso a uma VPN (rede privada virtual) ou outro mecanismo de segurança, não use serviços que não utilizem criptografia.

fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=468746

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