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RNP na Mídia 
 

Brasil é oitavo país mais conectado na rede de computadores


Agência Brasil

Paulo Montoia e Liésio Pereira

23.09.2004


O Brasil chega perto de comemorar seu décimo ano de internet aberta à população com posição de destaque na rede mundial, líder entre os países em desenvolvimento. Em janeiro deste ano (data do último relatório mundial disponível), o Brasil já possuía 3,1 milhões de computadores ligados à rede, o que o colocava como o oitavo país no mundo, terceiro nas Américas e primeiro na América Latina. Somávamos mais que o dobro do número de computadores conectados no México (1,3 milhões), segundo país do continente a entrar na lista, em 15a posição. À frente do Brasil estavam Estados Unidos, Japão, Itália, Reino Unido, Alemanha, Holanda e Canadá, nessa ordem.

No início de setembro, o site de registro da internet no Brasil já somava 1,3 milhão de domínios (endereços de acesso). Eram 676.634 mil domínios de entidades profissionais, como adm.br (de administração) ou odo.br (de odontologia). Dos 651.967 restantes, 91% eram comerciais, com a terminação “com.br” e os os 9% restantes divididos entre outras 22 terminações, como gov.br, org.br, ind.br (indústria) ou mil.br (militar).

A primeira rede brasileira com conexão para redes internacionais nasce no Rio, em setembro de 1989, quando o Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da ONG Ibase, cria o Alternex , um serviço de conferências eletrônicas e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Segundo Demi Getschko, mais antigo membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, cerca de um mês depois começa a funcionar uma rede da Fundação para o Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que já solicitara acesso a uma das redes dos Estados Unidos, a BitNet, em 1988. Fapesp e RNP tinham linhas de comunicação internacionais independentes. Em 1991, Rio e São Paulo são integrados, e a Fapesp passa a ficar responsável pelo tráfego de protocolos do padrão norte-americano (TCP-IP) e pelo registro dos domínios “pontobr”. Em 1993, as duas capitais são ligadas a Brasília.

Getschko relata que, no Rio, onde a rede nasceu antes e com recursos do governo federal, os gestores utilizavam apenas os protocolos (codificação informática dos arquivos transportados) abertos, adotados pelo Comitê Consultivo Internacional de Telegrafia e Telefonia (CITT). Já a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mantida com recursos estaduais, adotou mais rapidamente também outros protocolos das redes norte-americanas, mesmo que fechados.

“Nós sempre tivemos dificuldade de adotar os protocolos BitNet e TCP-IP (protocolos norte-americanos fechados, ou seja, feitos por empresas que cobram pelo seu uso), em função dos protocolos abertos (ou gratuitos), X-25, X-400 e outros, adotados pela CITT. O TCP-IP era um padrão mais simples, mas não era aberto, e a Embratel relutava em aceitar um protocolo que não tinha um padrão aberto. Mas o TCP-IP acabou sendo aberto depois. A linha da Fapesp nasceu com o protocolo da BitNet, como a do Rio, mas adicionou o HepNet, em 1991, e também o TCP-IP e passou a transportar os três protocolos na mesma linha. A segunda linha em TCP-IP para o exterior foi a da Universidade Federal do Rio de janeiro, em 1992, e foi muito importante, porque aconteceu a ECO-92 e os participantes se conectaram por ela”, lembra Getschko, em referência ao evento das Nações Unidas sobre Meio Ambiente que se realizou no Rio de Janeiro em 1992.

fonte: http://www.radiobras.gov.br/abrn/brasilagora/materia.phtml?materia=201084

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