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Jornal do Commercio

Bruna Cabral

28.07.2004


O IPv6 ou IPng chega ao mercado para solucionar o ‘inchaço’ da Rede. No novo protocolo, os endereços têm 128 bits de comprimento, ampliando as possibilidades de registro. O problema é que o produto ainda sai caro.

Cresceu tanto o número de internautas nos últimos anos que a tecnologia usada para garantir que os PCs mundo afora tenham um endereço de Internet (para ser reconhecidos e validados na Rede) já não está mais dando conta do recado.

Chamada de IPv4 (Internet Protocol versão 4), ela há anos vem dando sinais de cansaço. Os criadores da Internet erraram na estimativa de crescimento. Era difícil imaginar, na longínqua década de 1980, a importância que o mundo virtual assumiria na vida das pessoas. Agora a dificuldade tem sido conseguir um endereço IP.

A solução para o ‘inchaço’ da Rede já existe: IPv6 ou IPng (IP Next Generation). O novo protocolo usa arquitetura de endereçamento melhor estruturada: os endereços são formados por 128 bits de comprimento (contra os atuais 32 do IPv4), o que aumenta as possibilidades de registro de máquinas.

Mas para solucionar um problema, o IPv6 cria outro: sai caro para provedores e fabricantes de soluções e servidores que precisam fazer um upgrade para migrar da antiga para a nova geração de IP. E uma parte desse prejuízo vai acabar sendo repassada para os usuários.

Por isso está todo mundo adiando ao máximo a migração e se virando como pode para garantir um lugar na Web ‘à moda antiga’. Uma das táticas utilizadas é a conversão de endereçamento ou NAT (Network Address Translation, ao pé da letra: Tradução de Endereço de Rede). “Consiste em permitir que todas as máquinas de uma corporação naveguem na Rede usando um único endereço IP”, explica o diretor da Truenet, Felipe Aguiar.

Segundo ele, a ‘insistência’ no IPv4 é uma questão financeira e cultural. “Muitos provedores, como a Truenet, já estão prontos para operar no novo protocolo, mas ainda não existe demanda no mercado.” Nem haverá tão cedo, na sua opinião. O posicionamento da Hotlink é o mesmo. “Só quando o IPv4 esgotar completamente é que as empresas vão querer fazer a migração”, diz o analista de sistemas do provedor Adilson Chacon, sem previsão de quando o provedor vai aderir à moda.

Quem está começando a quebrar a inércia são os fabricantes de soluções para missões críticas. O grupo de desenvolvimento do servidor Web Apache e vários outros da comunidade Linux, por exemplo, já estão atualizando as soluções. Assim como Jupiter Networks, Siemens e Microsoft estão adotando a tecnologia. Na intenção de ‘dar o exemplo’, o Icann (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), organização que supervisiona domínios de Internet, anunciou semana passada que o novo protocolo já foi incorporado a seus servidores.

ACADEMIA - Nenhum outro nicho tem investido mais em IPv6 que o acadêmico. Segundo a Rede Nacional de Pesquisa, que até criou um grupo para difundir a tecnologia no País, o Br6Bone, há projetos piloto de uso do novo protocolo em pelo menos oito universidades brasileiras: as federais de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito Federal e a particular Unisinos. “Todos concordam que a substituição é necessária, por isso o meio acadêmico já está implementando isso desde 2001”, diz o responsável pelo Centro de Engenharia e Operação da RNP, Marcel Rodrigues de Faria.

fonte: http://mct.empauta.com/noticia/mostra_noticia.php?cod_noticia=827589483

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