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Rede ultraveloz interligará vários pólos de pesquisas


Cosmo On Line

Paulo Martinelli

02.02.2004


Imagine uma rede de transmissão de dados 4 mil vezes mais veloz que os sistemas de Internet em banda larga à disposição no mercado nacional. Ela existe e deverá entrar em operação em abril próximo. No entanto, essa verdadeira Internet dos sonhos, não estará diretamente à disposição dos comuns mortais. Trata-se de uma rede de fibra ótica interligando universidades e entidades de pesquisa em Campinas, São Paulo, Ca-choeira Paulista, São José dos Campos e área metropolitana do Rio de Janeiro, conhecida como Projeto Gi-ga ou Rede Experimental de Alta Velocidade.

Os internautas mais ávidos não terão o prazer fugaz de navegar numa rede dessas. No entanto, como acontece com freqüência em se tratando de ciência, tecnologia e inovação, os benefícios serão indiretos, mas menos fugazes, atingindo toda a sociedade e não somente os aficionados pela web. A rede dos sonhos vai se constituir em um complexo campo de provas, onde serão testadas e avaliadas inovações que estarão influenciando ou mudando nossas vidas brevemente.

Esse laboratório dinâmico permitirá a criação de novas tecnologias, que posteriormente serão transferidas para a iniciativa privada. Uma vez nas mãos das empresas, essas inovações estarão nas nossas casas e nos nossos escritórios, facilitando a vida e o trabalho. Um dos responsáveis pelo projeto, o pesquisador do CPqD Rege Romeu Scarabucci, lembra as implicações do âmbito socioeconômico, como um melhor aproveitamento da infra-estrutura de telecomunicações, agilidade e custos menores, além da geração de empregos propiciada nas empresas pelo surgimento de novos produtos e serviços.

O avanço tecnológico vai envolver toda a cadeia produtiva, como fabricantes de equipamentos, prestadores de serviços, operadoras de telecomunicações e desenvolvedores de softwares. Coordenado pelo CPqD e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o projeto conta com a participação de operadoras de telecomunicações, que disponibilizarão o acesso à rede de fibras ópticas que interliga São Paulo e Rio de Janeiro.

Cores

Entre os principais equipamentos do projeto está o multiplexador. Ele permite a passagem simultânea de feixes de luz de diferentes comprimentos de onda por uma única fibra ótica. Cada comprimento de onda representa uma cor diferente. Esta multiplexação é que multiplica a capacidade de uma fibra ótica. Atualmente é comum encontrar equipamentos que permitem multiplexar 160 cores de luz na mesma fibra, e usar cada feixe para transmitir a uma taxa de 10 gigabits por segundo, resultando numa capacidade total de 1,6 terabits por segundo, ou 1,6 milhões de megabits por segundo.

fonte: http://www.cosmo.com.br/hotsites/cenarioxxi/2004/02/02/materia_cen_74751.shtm

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