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RNP quer tirar o Brasil do ostracismo digital

UFBA em Pauta

13.11.2003

Nos próximos dois anos o Brasil enfrentará desafios na área tecnológica que promoverão um grande salto nas demandas por pesquisas nas universidades e implementará um ambicioso programa de interligação das escolas fundamentais através de redes de computadores. Quem visualiza o quadro é o diretor geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões, que participou ontem (dia 13), da solenidade de abertura do '9º Seminário de Capacitação Interna da RNP', no Auditório João Gonçalves, do PAF I (Campus de Ondina). Segundo Simões, o Brasil precisa alcançar melhor posicionamento no tráfego mundial de informação: 'América Latina se conecta basicamente com a América do Norte' (leia-se Estados Unidos e Canadá), alerta o diretor da RNP. A RNP investe anualmente em projetos R$ 28 milhões originários do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Pela primeira vez realizado fora do Rio de Janeiro, o seminário da RNP trouxe a Salvador 110 técnicos do Brasil inteiro, aos quais se somam 15 bolsistas da UFBA. O encontro segue até amanhã (dia 14), com a realização de cursos, palestras e mesas-redondas sobre temas relativos à manutenção de redes de computadores. A RNP é uma organização social mantida com recursos do Programa Interministerial de Implantação e Manutenção da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, coordenado pelos ministérios da Educação e do Desporto (MEC) e da Ciência e Tecnologia (MCT). De acordo com a coordenadora do PoP-Bahia da RNP, Claudete Mary Alves, assessora do CPD, o evento deverá resultar em avanços na capacitação do pessoal de suporte da maioria das universidades federais brasileiras.

O reitor Naomar de Almeida Filho ressaltou o esforço continuado da UFBA no sentido de ampliar as atividades nas áreas de ciência, tecnologia e informação, de forma descentralizada, a fim de beneficiar as ações desenvolvimentistas no âmbito estadual. O reitor chamou a atenção para a situação contraditória que existe dentro da universidade, onde há unidades, como o Instituto de Saúde Coletiva (ISC), tirando o máximo proveito dos recursos tecnológicos enquanto outras ainda se encontram à margem. Para o reitor, é preciso buscar a inclusão plena dessas unidades no mundo digital, "espinha dorsal do desenvolvimento".

fonte: http://www.ufba.br/pautas/13-11-2003.html