RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

english | español


 

 
RNP na Mídia 
 

Roberto Amaral promete melhorar divisão de recursos para pesquisas


O Liberal

14.02.2003


A redistribuição dos recursos aplicados em pesquisa científica para atender por igual as regiões do Brasil é a principal meta de trabalho da nova gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Na primeira reunião do novo governo com os dirigentes das instituições brasileiras de pesquisa em nível federal, o ministro Roberto Amaral, do MCT, disse que a escolha de Belém para a realização da reunião demonstra a todo o País a preocupação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com a Amazônia.

Além da reunião com os dirigentes das instituições de pesquisa, realizada ontem pela manhã no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Roberto Amaral participou da inauguração do link do MPEG com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP). "O link é um ponto de partida para aproximar pesquisadores e instituições, fundamental para ampliar a integração e permitir o ter acesso ao que está sendo feito em outras instituições brasileiras", destacou.

Segundo o ministro, os cortes do governo federal para o orçamento deste ano, inclusive para a ciência e tecnologia, não devem afetar a meta de descentralização dos recursos aplicados pelo MCT, que hoje se concentram em sua maior parte na região Sudeste, nos chamados centros de excelência. Roberto Amaral garantiu que grande parte desses investimentos virão para centros de pesquisa da região Norte, mas disse que ainda não é possível falar em valores. "Estamos iniciando uma nova gestão, e temos interesse inclusive em descentralizar o próprio MCT, não com a construção de prédios, mas com a manutenção de canais de gestão nas instituições de pesquisa já existentes", afirmou.

Segundo Roberto Amaral, o MCT também vai buscar a ajuda da iniciativa privada para a aplicação de investimentos em pesquisas e projetos que absorvam o trabalho dos pesquisadores formados pelas instituições públicas. O ministro diz que embora o governo tenha incentivos, como o programa Verde e Amarelo, para empresas que investem em pesquisas, o MCT pretende mobilizar a iniciativa privada através de uma campanha para a participação com investimentos próprios. "A pesquisa científica tem grande retorno para as empresas, mas não basta que as empresas invistam em pesquisa com dinheiro do governo. É importante que haja contrapartida da iniciativa privada", argumentou. São convidados para o almoço com o ministro Alex Bolonha Fiúza de Melo, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Manoel Tourinho, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Fernando Palácios, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), e Adilson Serrão, chefe da Embrapa Amazônia Oriental.

Ontem Roberto Amaral se encontrou ainda com o governador do Pará, Simão Jatene, para reforçar a necessidade do governo do Estado atuar em parceria com o MCT para o desenvolvimento de políticas regionais de ciência e tecnologia. À tarde, o ministro ainda encontrou-se com o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, antes do embarque para Brasília.

Simão Jatene reforça reivindicação por descentralização

A descentralização dos recursos federais para projetos de desenvolvimento científico e tecnológico foi um dos assuntos discutidos pelo governador Simão Jatene e o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, durante audiência realizada no Palácio dos Despachos, na manhã de ontem. Simão Jatene disse que o governo do Estado será sempre receptivo a firmar parcerias com o Governo Federal, nas ações voltadas ao crescimento econômico e social do Pará. "Não dá para imaginar desenvolvimento sem ciência e tecnologia", frisou. O ministro admitiu que atualmente os investimentos dessa área estão concentrados na região Sudeste do Brasil. "Em São Paulo e no Rio de Janeiro estão 80% dos órgãos do Ministério. Queremos promover uma descentralização e investir mais na Amazônia", afirmou Roberto Amaral.

O governador lembrou ao ministro que o projeto estratégico de desenvolvimento do Pará contempla o acesso ao conhecimento científico e aos recursos tecnológicos, como meios de superação da pobreza e das desigualdades sociais e regionais. Faz parte desse projeto, informou Jatene, o Instituto de Ciência e Tecnologia Lauro Sodré, obra orçada em R$ 4,1 milhões, que será um centro de cultura e de estudo das ciências.

Projetos – Simão Jatene e o ministro Roberto Amaral já marcaram uma nova reunião, em Brasília, para discutir projetos de interesse do Pará. Gabriel Guerreiro disse que apresentará a pauta dos projetos prioritários ao Ministério da Ciência e Tecnologia até a primeira semana de março. Uma das propostas é a participação do Governo Federal no Fundo de Ciência e Tecnologia (Funtec), que atualmente conta com 5% do Orçamento Geral do Estado. "Queremos duplicar este percentual, que hoje é de 3%, e mudar o perfil do investimento dos recursos federais na Amazônia", ressaltou o titular da Sectam.

Roberto Amaral destacou que o desenvolvimento do país passa pela aplicação de uma nova política de investimentos em ciência e tecnologia, a partir de parcerias permanentes com os Estados, municípios e demais instituições sociais. Também participaram do encontro o secretário Especial de Governo, Wandenkolk Gonçalves; o secretário Executivo de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente, Gabriel Guerreiro; o deputado estadual João de Deus (PSB) e assessores do ministro.

fonte: http://www.oliberal.com.br/

Consulta em noticias