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RNP na Mídia 
 

Academia ganha Internet mais veloz

Nova rede liga universidades e instituições de pesquisa de 12 municípios brasileiros


Revista Ciência Hoje

Leonardo Zanelli

30.09.1999


Uma nova rede que liga universidades, centros de pesquisa e instituições acadêmicas de 14 cidades brasileiras começou a funcionar a partir do mês passado. A Internet2, como é conhecida, permite conexões a uma velocidade de 155 megabits por segundo (Mbps), garantindo alta resolução de imagem e rapidez no envio e recebimento de informações.

"Internet 2 é o nome de um consórcio de universidades nos Estados Unidos que funciona conectando essas instituições a uma velocidade de 622 Mbps. O que é chamado de Internet 2 no Brasil é a segunda fase da Rede Nacional de Pesquisa (RNP)", explica Carlos Lucena, professor do Instituto de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - Rio) e um dos colaboradores do projeto da RNP no estado. A RNP implantou a infra-estrutura (backbone) nacional que permitiu o desenvolvimento da Internet em universidade e instituições acadêmicas do país, ajudando a transferir essa tecnologia para o mercado. "A Internet que acessamos hoje de nossas casas foi introduzida no país pela RNP", diz Lucena.

Com o uso comercial da Internet, o sistema de comunicação em rede ficou lento e sobrecarregado, afetando, inclusive, as transmissões entre universidades. O objetivo da Internet2 é exatamente agilizar o serviço para a área acadêmica. Uma das possibilidades de uso é a telemedicina. A rede de alta velocidade permitirá obter resultados e imagens de exames médicos transmitidos, processados e analisados por várias equipes médicas, proporcionando um diagnóstico conjunto para cada caso analisado.

Outra utilização da Internet2 é a educação à distância. A PUC-Rio está desenvolvendo um projeto nessa área, atendendo a uma necessidade da Rede Nacional de Pesquisa. "Para fazer parte do projeto, cada município teve de desenvolver um programa educacional, em qualquer área, usando a estrutura da Internet 2", conta Lucena. A universidade estará disponibilizando, através de rede, material multimídia e programas educativos, em tempo real, para serem acessados por qualquer pessoa ou instituição.

A Internet2, entretanto, não é uma realidade para todas as instituições acadêmicas do país. Ela funcionará, na fase inicial, em 14 municípios, entre eles, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Recife e Rio de Janeiro. Mas, por enquanto, sem possibilidades de conexão entre as cidades em alta velocidade. "A Internet2 funcionará coma velocidade de 155 Mbps, ou mais, apenas dentro de cada município. Nesta primeira fase, as conexões intermunicipais serão feitas com a velocidade atual, de 2 Mbps.", diz José Luiz Ribeiro Filho, coordenador geral da Rede Nacional de Pesquisa. Segundo José Luiz, o próximo passo da RNP é montar um backbone nacional, em parceria com os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, que permita conexões mais rápidas entre os municípios. "Pretendemos disponibilizar essa estrutura, que permitirá conexões intermunicipais com velocidades entre 34 Mbps e 155 Mbps, o mais rápido possível", conta José Luiz.

Segundo o professor da PUC, a expectativa é que a Internet2 venha também a ser disponibilizada em breve. "O papel da RNP e das instituições de ensino e pesquisa é buscar novas tecnologias, desenvolvê-las e oferecê-las para a população", explica Lucena.

fonte: http://www.ciencia.org.br/ch.htm

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