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RNP na Mídia 
 

Pesquisa e Ensino em Alta Velocidade


Jornal Laboratório do Departamento de Jornalismo da FAC-UnB

Paula Vianna

15.07.1999


A Internet surgiu no Brasil há apenas oito anos para o meio acadêmico e há cinco anos para os usuários comuns. Em tão pouco tempo revolucionou as relações interpessoais, ampliou o acesso à informação e mudou radicalmente a maneira de se adquirir bens de consumo e outros serviços. Agora, o Brasil se prepara para mais uma grande revolução: a Internet2.

A Internet2 é o nome atribuído pelos norte-americanos a uma rede acadêmica de alta velocidade, cerca de 2.500 vezes mais rápida que a Internet comum. No Brasil ela surgiu em outubro em 1997, como iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia, da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq). El Ministério publicou um edital para projetos universitários de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade, com as seguintes condições: além das universidades, pelo menos mais duas instituições de pesquisa precisavam participar do projeto; uma empresa de telecomunicação teria que fazer a ligação entre as três instituições; e o projeto deveria ter aplicações que necessitassem de uma alta velocidade de transmissão. Universidades em todo o país se candidataram e 12 projetos foram aprovados.

A UnB elaborou um projeto para se conectar pela Telebrasília com a Embrapa e a Codeplan. O projeto foi aprovado há cerca de duas semanas e a previsão é de que os primeiros testes sejam realizados já no começo do próximo semestre. A meta é unir as três instituições com outras redes de alta velocidade em todo o Brasil, criando um projeto nacional.

Perspectivas Reais

Alguns acreditam que o surgimento da Internet2 vai causar a extinção da Internet convencional. Contudo, um dos objetivos do projeto Internet2 é justamente criar novos aplicativos para o uso da Internet comercial. E é por isso que a Internet2, mesmo inicialmente acadêmica, recebe o apoio de diversos setores empresariais, tanto no Brasil, quanto no exterior.

A conexão de alta velocidade permitirá aos pesquisadores e alunos da UnB envolvidos com pesquisas trocar informações com a Embrapa e Codeplan em poucos segundos. A previsão é de que a fase inicial de testes dure um ano. Serão realizados projetos em teleducação. telemedicina, gerência e desempenho de redes, bibliotecas virtuais e geoprocessamento. Segundo o Centro de Informática da UnB (CPD), a Internet2 será implementada por meio das instalações da Rede Multimídia da Alta Velocidade da UnB, Redunb. A rede conta com 45 centros interligados, que por sua vez estão conectados a 1.796 novos pontos de conexão no ICC Norte, Centro e Sul e 1.179 pontos em 21 prédios espalhados pelo campus universitário.

Segundo presidente da Comissão Consultiva de Informática da UnB, Felippe Beaklini, que gerencia os trabalhos da Redunb, falta pouco para a UnB terminar de instalar e configurar os equipamentos que vão possibilitar a implantação de uma rede de alta velocidade. Foram quase R$4 milhões investidos desde 1995. A fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP) concedeu cerca de US$1milhão, a IBM doou US$1,5 milhão, de acordo com a lei 8.248 que permite às empresas de computação oferecerem equipamentos para aplicações científicas em troca de insenção de impostos. O MEC liberou aproximadamente R$750 mil, a Telebrasília R$150 mil e a Universidade desembolsou R$500 mil do seu próprio orçamento.

A preparação e instalação das fibras óticas foram finalizadas em janeiro e está sendo realizada agora a capilarização dos cabos, que é a ligação dos fios de fibra ótica dos centros até todas as salas de aula. "A idéia é que todas as salas de aula sejam auto-suficientes, com computadores ligados em rede para que os professores possam buscar informações na Redunb ou na Internet", explicou Beaklini. Talvez um computador em cada sala de aula seja uma realidade ainda distante, mas a informatização da UnB proporcionará a oportunidade para que os professores enriqueçam as aulas com informações atualizadas e métodos inovadores de ensino. Não há mais desculpas para a não melhoria do ensino superior brasileiro.

Mais informações:
www.internet2.edu
www.cg.org.br
www.rnp.br

fonte: http://www.unb.br

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