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RNP participa de debate sobre políticas para as artes na Funarte

No evento RNP apresentou as ações que vem desenvolvendo em parceria com o MinC e Funarte


As iniciativas do Ministério da Cultura em parceria com a RNP para alavancar políticas públicas de cultura digital foram alguns dos tópicos abordados na manhã desta quarta-feira (9/11) no I Encontro da Fundação Nacional das Artes (Funarte). O evento, que teve início nesta terça e se estende até quinta-feira, no Rio de Janeiro, busca contribuir para a reflexão e o aperfeiçoamento das políticas para as artes no Brasil.

Para uma platéia formada por produtores culturais, universitários e profissionais das artes, o gerente da Integração MinC/RNP, Álvaro Malaguti, apresentou o papel da RNP no desenvolvimento da Internet no Brasil e os projetos que a instituição está desenvolvendo em cooperação com o Ministério da Cultura.

Um dos projetos apresentados por Malaguti foi a Rede de Laboratórios para Experimentação em Arte, Cultura e Tecnologia, que visa prover infraestrutura física e de rede para trabalhos culturais colaborativos. A ideia é criar os laboratórios nas unidades da Funarte no Brasil, constituindo espaços de pesquisa para estudiosos de novas linguagens artísticas em plataforma digital.

“Esta iniciativa dialoga com a demanda de uma significativa comunidade de produtores e pesquisadores em arte e tecnologia presente nas instituições de ensino superior do país e que necessitam de espaços equipados, capazes de suportar o desenvolvimento de projetos experimentais, testes de softwares e de hardwares, bem como a realização de obras e espetáculos”, justificou Malaguti, referindo-se à rede de laboratórios.

O outro é uma rede de cinemas digitais, que tem como propósito possibilitar que cinemas conectados em redes de alta capacidade possam contar com o acervo que vem sendo digitalizado pela Cinemateca Brasileira em sua programação. Álvaro destacou que cinemas universitários que realizam trabalhos de excelência, como o da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), poderiam compartilhar seus conteúdos nacionalmente a partir da rede.

“A Rede de Cinemas Digitais é uma iniciativa que busca ampliar o uso da conexão da Cinemateca Brasileira à infraestrutura de rede avançada operada pela RNP. Conexão esta efetivada em 2009 como uma das ações previstas no projeto-piloto do Ministério da Cultura com a RNP. A iniciativa do Ministério da Cultura de inserir esta instituição já no projeto-piloto com a RNP foi um importante passo para que o país possa contar com soluções para distribuição de conteúdos audiovisuais por meio de redes ópticas”.

POLÍTICAS PÚBLICAS - Além de Malaguti, participaram da mesa gestores culturais das áreas pública e privada. O coordenador de Cultura Digital do Ministério da Cultura, José Murilo Junior, apresentou, entre outras iniciativas, o Sistema Nacional de Informações e Indicadores (SNIIC), cujo objetivo é reunir em uma só plataforma dados brutos das instituições do sistema MinC e torná-las acessíveis à população. O sistema permitirá a integração e o cruzamento dos diferentes dados, proporcionando que os cidadãos contribuam para a melhoria das políticas públicas na área.

A coordenadora de Cultura do Instituto Oi Futuro – braço de responsabilidade social da operadora Oi –, Maria Arlete Gonçalves, apresentou o histórico e as características da entidade, cujo foco é promover e apoiar projetos culturais que mesclem técnicas artísticas tradicionais com as que utilizam ferramentas tecnológicas.

NOVAS LINGUAGENS – Profissionais contemplados em editais da Funarte também apresentaram seus projetos. Heloísa Buarque de Hollanda mostrou o Zona Digital, portal dedicado à discussão da cultura digital editado por Cristiane Costa. Thalita Oliveira e Dora de Andrade, vencedoras do Prêmio Interações Estéticas, apresentaram vídeos produzidos em comunidades carentes durante residências artísticas em Pontos de Cultura. Thalita apresentou um clipe realizado para um grupo de Maracatu no qual utiliza a técnica de animação stop motion com imagens abstratas. Dora apresentou o resultado de uma oficina de três meses de duração, Palaventório, que com a participação de jovens da comunidade, retratou de maneira singular as comunidades do Morro do Palácio e do Preventório (Niterói/RJ) por meio da linguagem da dança e do movimento.

[RNP, 10.11.2011]

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