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BID aprova projeto de telessaúde da América Latina

RNP integra a iniciativa


No início de fevereiro, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou o projeto Políticas Públicas de Telessaúde na América Latina (Telehealth Public Policies in Latin America – TPP-LA). O projeto visa a criar um processo organizado para o estabelecimento de regras e parâmetros para a implantação de políticas nacionais de telessaúde na América Latina. Através de discussões e da troca de experiências, espera-se contribuir para o desenvolvimento da tecnologia e para a disseminação das políticas de telessaúde nos países latino-americanos.

Pretende-se construir uma rede universitária de telessaúde, integrando, inicialmente, programas e atividades existentes no Brasil, no México, na Colômbia e no Equador. "Estamos acertando detalhes do projeto e expandindo a lista de países participantes – tais como Argentina, Chile, Uruguai e El Salvador –, mas este grupo ainda não está 100% certo", diz Luiz Ary Messina, coordenador nacional da brasileira Rede Universitária de Telemedicina (Rute), conduzida pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Um Laboratório de Excelência e Inovação em Telessaúde para a América Latina, com sede em Belo Horizonte (MG), e uma Rede Universitária de Telessaúde Latino-Americana (Rute-LA) serão constituídos para estabelecer e disseminar políticas públicas de telessaúde no continente. A Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (Clara) criou um grupo de trabalho que apoiará a definição das linhas-mestras das políticas públicas de telessaúde para a América Latina. A infra-estrutura de redes da Clara servirá de canal de comunicação para a execução do TPP-LA. O BID deve contribuir com um orçamento de 850 mil dólares.

Benefícios para a saúde pública

O TPP-LA trará benefícios diretos para a população dos países participantes, tais como melhores diagnósticos; atendimento orientado a distância, em locais onde não haja especialistas disponíveis presencialmente; e educação continuada para profissionais de saúde.

Além disso, um projeto multinacional provoca uma disseminação mais rápida de tecnologia e expertise, estimulando a inovação e a produção de novas ferramentas e soluções úteis para toda a região e orientando as políticas públicas de saúde. O trabalho colaborativo, com uso das tecnologias de comunicação e informação, ademais de facilitar o acesso da população às terapias disponíveis, é capaz de reduzir custos, como já vêm provando iniciativas semelhantes em execução em todo o mundo.

Telessaúde no Brasil

Iniciativas de telessaúde existem no Brasil desde a década passada. Porém, a integração entre estas atividades, até então isoladas, começou há apenas dois anos. Em 2006, o Ministério da Ciência e Tecnologia lançou, com apoio da Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue), a Rede Universitária de Telemedicina (Rute), projeto coordenado pela RNP e financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A Rute visa a apoiar o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes no país e incentivar o surgimento de novos trabalhos interinstitucionais. Até o momento, foram inaugurados três núcleos de telemedicina da Rute: em Florianópolis (SC), no Rio de Janeiro (RJ) e em Recife (PE). O próximo será lançado em Salvador (BA), no dia 18 de abril. Serão mais 53 até 2009, alguns dos quais estarão integrados também ao Programa Nacional de Telessaúde do Ministério da Saúde.

[RNP, 04.04.2008]

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Outras referências:

Rede Universitária de Telemedicina

Site da Rute

Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas

Site oficial da Rede Clara