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Retrospectiva 2006: serviços avançados para C&T. Rede Universitária de Telemedicina integra iniciativas regionais

A Nova RNP tem dois objetivos na área de recursos de redes: oferecer serviços avançados que possam ser disseminados para toda a comunidade de usuários da rede Ipê e atender demandas especiais de comunidades específicas.

Na primeira frente, a rede Ipê, infra-estrutura multigigabit mantida pela RNP, oferece serviços de telefonia IP, videoconferência, vídeo sob demanda e conferência Web, sem contar os serviços tradicionais (conectividade, network time protocol (NTP), atendimento a incidentes de segurança etc.). Na segunda frente, atende demandas de comunidades especiais, tais como as que desenvolvem e trabalham com telemedicina nos hospitais universitários do país.

A RNP também patrocina o desenvolvimento de novos serviços e aplicações, por meio do Programa de Grupos de Trabalho, e participa de projetos inovadores internacionais.

Mapa com participantes do Ringrid

Colaboração internacional – Em janeiro de 2006 foi lançado o projeto E-Infrastructure Shared Between Europe and Latin America (Eela), com orçamento de 1,7 milhão de euros. Trata-se de uma colaboração entre 21 entidades da Europa e da América Latina para a integração de uma infra-estrutura de grade computacional internacional, a qual servirá de suporte ao desenvolvimento e teste de aplicações avançadas. A Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (Clara) e as redes acadêmicas nacionais do Brasil (RNP) e do Chile (Reuna) são parceiras do projeto.

Em outubro, outro projeto internacional na área de e-ciência foi iniciado. O projeto Remote Instrumentation in Next-Generation Grids (Ringrid) tem como principal objetivo avaliar e propor padrões para o uso de instrumentação remota em grades computacionais. Com recursos da ordem de 1 milhão de euros, o Ringrid reúne institutos de pesquisa de dez países: Polônia, Áustria, Grécia, Bulgária, Romênia, México, Chile, Brasil, Itália e Reino Unido. A RNP participa do projeto, garantindo a conexão dos participantes brasileiros aos parceiros internacionais.

Telemedicina – Em abril, foi lançada a Rede Universitária de Telemedicina (Rute), que vai interligar cerca de 20 instituições que desenvolvem pesquisa e serviços de telemedicina no país. Esta iniciativa é patrocinada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), financiada pela Finep e coordenada pela RNP, com apoio da Associação Brasileira dos Hospitais Universitários (Abrahue). O objetivo é apoiar o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes e incentivar o surgimento de futuros trabalhos interinstitucionais.

Grupos de trabalho – Com a criação do Programa Grupos de Trabalho, em 2002, a RNP possibilitou o desenvolvimento de novos serviços para seus usuários, agregando valor à rede Ipê. A parceria com grupos de pesquisa nacionais visa a demonstrar a viabilidade de uso de novos protocolos, serviços e aplicações de redes de computadores para o desenvolvimento de projetos-pilotos e posterior adoção na rede Ipê. Nos grupos de trabalho (GTs) originaram-se os serviços de telefonia IP, videoconferência e vídeo sob demanda, já disponibilizados pela RNP. Em 2006, foram selecionados sete novos GTs. Quatro deles – TV Digital, Rede Mesh, Medições e Gerência de Vídeo – são oriundos de GTs anteriores que passaram para a fase de implantação de um seviço-piloto. Três iniciaram seu trabalho este ano: Infra-estrutura para Ensino a Distância; Comunidade Virtual de Grade; e Automatização de Diagnóstico e Recuperação de Falhas.

Telefonia IP - A RNP oferece a suas instituições usuárias o fone@RNP, um serviço que permite a comunicação por voz via Internet, utilizando computadores, telefones IP e até aparelhos telefônicos comuns, ligados à rede via PABX ou adaptadores ATA. O fone@RNP proporciona mobilidade, ampliação dos ramais de telefonia da instituição e economia na tarifa telefônica, especialmente nas chamadas de longa distância. Ao longo de 2006, a RNP treinou técnicos e distribuiu equipamentos para que cerca de 80 instituições fossem conectadas ao fone@RNP. Ao final do ano, 38 instituições já estavam usando o serviço.

Conferência Web – Em dezembro, a RNP implantou um serviço exclusivo de conferência Web para a comunidade de ensino e pesquisa brasileira. O objetivo do serviço é apoiar os trabalhos colaborativos realizados pelas instituições usuárias da rede acadêmica nacional, incentivando a educação a distância e a participação em eventos ou palestras a distância. O serviço de conferência Web da RNP pode ser acessado a partir de qualquer computador conectado à Internet.

Videoconferência – Em maio, a RNP finalizou a implantação de uma rede de videoconferência em 20 instituições vinculadas ao MCT. Esta ação foi mais uma atividade prevista pelo projeto Ação de Revitalização de Rede de Campus (PPA 1E14). Seu objetivo é facilitar e ampliar a interação entre equipes e dirigentes de unidades de pesquisa, autarquias, organizações sociais e do próprio MCT, para apoiar o processo de tomada de decisão, reduzindo custos e aumentando a produtividade. O processo, coordenado pela RNP, contemplava a compra e a entrega de equipamentos de videoconferência e de aparelhos de TV de 34 polegadas; a configuração e a instalação no local; e o treinamento de um técnico por instituição; além da manutenção do equipamento de videoconferência por dois anos.

Os recursos de videoconferência e de transmissão de vídeo foram utilizados em eventos diversas vezes durante o ano, mesmo antes da inauguração da rede de videoconferência do MCT. Em março, pesquisadores no Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA), Manaus (AM) e São José dos Campos (SP) participaram de palestras na 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), por videoconferência. Em abril, organizações da área de saúde do Mercosul reuniram-se por videoconferência, via RNP e Rede Clara. Em maio, uma videoconferência usando a rede experimental do Projeto Giga uniu as faculdades de medicina das Universidades Federal Fluminense e Estadual do Rio de Janeiro. Em junho, o projeto Mamirauá-Rio de Educação Ambiental estabeleceu uma conexão direta entre o Colégio Estadual Ignácio Azevedo do Amaral, no Jardim Botânico (RJ), e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, em Tefé, em plena floresta Amazônica. Foram quatro sessões de videoconferência voltadas para a sensibilização dos alunos do Rio de Janeiro sobre as questões ambientais e as características específicas da Amazônia.

Videoconferência durante a 58ª Reunião Anual da SBPC

No segundo semestre, mais videoconferências. Em julho, durante a 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Florianópolis, foram transmitidas palestras de especialistas em outras cidades do país por videoconferência. Em outubro, a experiência do projeto Mamirauá-Rio de Educação Ambiental foi reproduzida durante a Semana Nacional e Ciência e Tecnologia. Por meio da sua articulação, alunos do Colégio Estadual Engenheiro João Tomé, da Escola Municipal Barão de Itacurussá e da Escola Técnica Estadual Visconde de Mauá foram convidados para participar das sessões de videoconferência, realizadas na tenda do evento no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro. Mais uma vez, o Instituto Mamirauá apresentou remotamente palestras sobre energia alternativa, pesca manejada, preservação da fauna e sobre a própria viabilidade da videoconferência em um lugar como a Floresta Amazônica. Em novembro, especialistas do Cern, na Suíça, e da FCCN, em Portugal, participaram do Seminário RNP de Capacitação e Inovação por videoconferência.

Além das videoconferências, a RNP apoiou a transmissão, pela Internet, da Missão Centenário, que levou o primeiro astronauta brasileiro ao espaço; dos módulos semestrais do Curso de Aperfeiçoamento de Matemática para Professores do Ensino Médio do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa); de eventos dos Ministérios das Cidades e da Cultura; entre outros.

Muitas outras videoconferências, conferências Web e transmissões de vídeo passam pela rede Ipê sem que a RNP tome conhecimento. Afinal, é como numa transmissão de correio eletrônico: a RNP só sabe que há tráfego passando pela rede, não tem autoridade para (nem deseja) verificar o conteúdo. Eventualmente, as instituições usuárias comunicam algum evento, seja para se assegurar da disponibilidade da rede, seja para pedir algum tipo de apoio. Às vezes, os links para os vídeos das transmissões são divulgados no site da RNP, a pedido da instituição que está promovendo o evento. Mas à medida que a tecnologia se dissemina e os serviços passam a ser usados com constância e naturalidade, a tendência é que a RNP tome conhecimento de cada vez menos eventos, relativamente à intensidade de uso dos serviços.

São muitos os recursos que as redes avançadas podem oferecer à ciência, tecnologia e inovação. O suporte à pesquisa e ao ensino já saiu faz tempo da fase de visualização de páginas Web e troca de e-mails. A verdadeira interação é cada vez mais necessária e a Nova RNP é um passo à frente neste sentido.


Sobre esta reportagem

Esta semana, estamos publicando uma série de reportagens com a retrospectiva de 2006 na RNP. Ontem, falamos sobre os investimentos feitos na área de infra-estrutura de redes. Amanhã, o assunto será capacitação e treinamento. Veja também a página interativa da Nova RNP (animação em Flash).


[RNP, 10.01.2007]

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