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Palestra sobre redes mesh reúne grande público

Projeto-piloto do GT da RNP é exemplo de sucesso de uma rede mesh


No dia 20 de junho, cerca de cem pessoas lotaram o auditório da unidade da Escola Superior de Redes no Rio de Janeiro, para assistir à palestra Redes Mesh: estendendo o limite das redes WiFi tradicionais, ministrada pelo professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Mesh da RNP, Célio Vinícius Neves Albuquerque. 300 pessoas se inscreveram para assistir à palestra pela Internet, fazendo, inclusive, perguntas.

Célio Albuquerque comparou a teoria com a prática que adquiriu na implantação de uma rede mesh no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). A rede da UFF é um protótipo desenvolvido pelo Grupo de Trabalho (GT) Mesh da RNP, já em funcionamento desde fevereiro.

Em uma rede mesh, os nós fixos constroem uma malha de transmissão sem fio em faixa larga em locais onde não existe infra-estrutura física ou onde o custo de comunicação por outras redes é elevado. As possibilidades de uma rede mesh vão desde a ligação de equipamentos em uma casa digital à conexão de uma comunidade. Na experiência do GT da RNP, foi estruturada uma rede comunitária com oito roteadores instalados no topo de prédios que distam entre si cerca de 500 metros, e outros nove roteadores instalados em um mesmo prédio de 12 andares, constituindo uma rede de 4,5 km quadrados. O acesso é apenas para alunos e funcionários da UFF, ficando bloqueado para usuários sem senha.

A circulação da informação se dá por saltos de um roteador para outro até que se encontre o destinatário que pode ser o gateway de acesso a Internet. Uma rede mesh pode ser orientada para menor tempo de entrega, menor perda de capacidade etc. A experiência de Célio na rede em funcionamento na UFF mostra a redução da capacidade de transmissão de dados com o aumento do número de saltos. A rede da UFF é orientada para menor perda e é limitada a sete saltos, com capacidade mínima de 500 kbps.

Redes mesh são redes em malha auto-configuráveis que interconectam nós fixos em modo ad-hoc, ou seja, sem infra-estrutura, sem um ponto de acesso comum para os terminais. Celso deu alguns exemplos de redes mesh existentes. Uma em Taipei, na China, onde a instalação de centenas de roteadores em postes provê a rede telefônica IP da cidade e outra em Tiradentes (MG), que usa rede mesh para evitar a instalação de cabos para acesso a Internet na cidade, que é tombada pela Unesco como patrimônio histórico da humanidade.

As redes mesh representam uma ótima solução para a demanda do uso de multimídia que permite mobilidade. Baixo custo, uso de equipamentos genéricos, fácil implantação e a alta tolerância a falhas tornam as redes mesh um recurso interessante na expansão de redes sem fio. Célio apresentou os protocolos padrão 802.11 de roteamento, mais usados para redes sem fio, e ressaltou a fragilidade de uma rede mesh, que é a segurança, e a necessidade de autenticação dos usuários.

A unidade da Escola Superior de Redes no Rio de Janeiro funciona no prédio do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e é uma parceria entre a RNP, o CBPF e o Laboratório Nacional de Ciência da Computação (LNCC).

[RNP, 23.06.2006]

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GT Rede mesh

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Outras referências:

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