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Grades computacionais integram latino-americanos e europeus

Eela facilitará desenvolvimento e teste de aplicações científicas


A Comissão da União Européia (UE), por meio do programa Information Society Technologies (IST), aprovou, em 2005, um financiamento de 1,7 milhões de euros para o projeto Eela (E-Infrastructure Shared Between Europe and Latin America). Trata-se de uma colaboração entre 22 entidades da Europa e da América Latina para a integração de uma infra-estrutura de grade computacional internacional. Sobre essa grade poderão ser desenvolvidas e testadas diversas aplicações.

O Eela é coordenado pelo Ciemat, da Espanha, e conta com a participação da Clara e de suas redes associadas na América Latina. O projeto tem duração de dois anos, a partir de janeiro de 2006, e um orçamento global de aproximadamente 2,5 milhões de euros.

O Diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton, que participou das negociações para a elaboração do projeto Eela, explica que o projeto vai além das parcerias já desenvolvidas entre a Clara e a Dante para a montagem da Rede Clara, que interconecta as redes acadêmicas da América Latina à rede Géant na Europa. “As redes já possibilitam o uso remoto de computadores para a resolução de problemas científicos. As grades viabilizam o uso intensivo de computadores remotos, permitindo seu compartilhamento por vários usuários e suportando o uso simultâneo de dezenas ou centenas de computadores em um ou mais centros computacionais, permitindo a solução de problemas científicos de grande porte. O Eela tem como objetivo demonstrar o potencial para esta abordagem computacional na América Latina”, explica.

As áreas prioritárias para o desenvolvimento de aplicações no projeto são física de altas energias, biomédica e educação a distância. Stanton garante, porém, que não há intenção de impor limites: “Novas áreas e aplicações poderão ser incluídas a qualquer momento. Basta que existam projetos”, diz.

O Eela é a extensão para a América Latina de um grande projeto europeu para o desenvolvimento e implantação de grades para uso científico, chamado EGEE (Enabling Grids for E-science). A integração entre os continentes foi incentivada por instituições da Espanha, de Portugal e da Itália, além da Organização Européia de Pesquisas Nucleares (Cern), localizada em Genebra e coordenadora do EGEE.

Na América Latina, sete países estão representados, mas apenas Clara, RNP e a rede chilena, Reuna, são parceiros explícitos. A Clara recebe 8% dos recursos dos financiamentos para executar o projeto e criar a infra-estrutura na região. Metade desses recursos é direcionada à RNP, que hospeda o grupo de engenharia (NEG) da Rede Clara, e onde será coordenado o suporte de redes para o Eela. A divulgação do projeto será coordenada pelo grupo de relações públicas da Clara, sediado na rede chilena. A RNP também proverá comunicação entre os três participantes brasileiros: a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o consórcio de universidades públicas do Rio de Janeiro, Cederj. 

Stanton conta que o passo inicial para o envolvimento da RNP no projeto foi tomado em novembro de 2004, durante o lançamento da Rede Clara. Em sua avaliação, o engajamento de entidades latino-americanas em projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento é importante para demonstrar os benefícios dos investimentos da UE no projeto Alice. “Eela é a primeira iniciativa deste tipo”, conta.

[RNP, 24.04.2006]

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