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RNP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Pesquisadores de seis instituições de ensino e pesquisa interagiram com seis escolas de ensino fundamental. Foram oito estados brasileiros interligados por videoconferência.

As palestras tiveram duração de 30 minutos e foi reservada 1 hora para perguntas e respostas. Cada escola pôde fazer 3 perguntas.


Palestrantes: Instituições participantes:

18/10 Ten.Cel. Marcos César Pontes (astronauta) Agência Espacial Brasileira

19/10 Elizabeth L. Gama (bióloga e educadora ambiental) Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

20/10 Mariângela de Oliveira Abans (pesquisadora)
Germano Bruno Afonso (astrônomo)
Laboratório Nacional de Astrofísica
Universidade Federal do Paraná

21/10 Alberto Santoro (físico) Universidade do Estado do Rio de Janeiro

22/10 Francisco Caruso (físico) Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Escolas participantes:

Ceará
Escola de Ensino Fundamental e Médio Paulo Airton
Distrito Federal
Centro de Ensino Fundamental 15 de Taguatinga
Rio Grande do Sul
Escola Estadual de Ensino Fundamental Gonçalves Dias
Rio de Janeiro
Colégio Estadual Ignácio Azevedo do Amaral
Escola Municipal Camilo Castelo Branco
São Paulo
Escola Estadual Miss Browne



segunda-feira, 18/10

Uma conversa com o primeiro astronauta brasileiro

Realizar pesquisas de interesse do Brasil em ambiente de microgravidade. Esta será a missão do Ten. Cel. Marcos César Pontes em sua primeira viagem ao espaço. Ele é o primeiro brasileiro a participar de um treinamento de astronautas na agência espacial norte-americana, a Nasa.

Pontes foi selecionado em 1998, pela Agência Espacial Brasileira, para participar do treinamento de astronautas da Nasa, realizado no Johnson Space Center (Houston/Texas), como parte do Programa Espacial Brasileiro. O treinamento de Pontes tem por objetivo sua participação nas missões tripuladas de um ônibus espacial e na Estação Espacial Internacional, uma grande base avançada do homem no espaço, atuando como especialista de missão.

Em sua palestra, Pontes vai comentar sua trajetória pessoal, desde funcionário eletricista da Rede Ferroviaria Federal SA, em Bauru, até se tornar astronauta. Ele também vai apresentar a Estação Espacial Internacional, que está prevista para ficar pronta em 2006, e os benefícios da participação brasileira no programa da Estação, dentre eles, o avanço do conhecimento em diversas áreas de pesquisa, a formação de recursos humanos, os benefícios para a indústria brasileira e a projeção do Brasil num empreendimento internacional que reúne 16 nações.

Agência Espacial Brasileira



terça-feira, 19/10

Floresta Amazônica: a maior biodiversidade do planeta

Todo o mundo já ouviu falar na importância da Floresta Amazônica, mas pouco se sabe sobre o seu ecossistema. Você sabia que é na região das várzeas que reside a maior biodiversidade do planeta?

Mas o que são as várzeas? Várzeas são ambientes naturais da Floresta Amazônica constituídos de florestas alagáveis permeadas por uma rica rede de canais denominados lagos e furos, formando uma grande e complexa teia hidrográfica. Por causa dessas características, tal região é dotada de uma rica fauna aquática constituída por populações de botos, tucuxis, peixes-bois, jacarés, sucuris e o plâncton, que serve de alimento para as espécies aquáticas.

Devido à imensa variedade de peixes e outros seres que habitam a floresta, a região possui a maior biodiversidade do planeta e constitui um nicho ecológico privilegiado para insetos, mamíferos terrestres e voadores. Na época das cheias, a água na região das várzeas arrasta e dispersa frutos e sementes, contribuindo para a renovação natural das matas e florestas.

Outra curiosidade sobre a região: a várzea é uma grande reserva madeireira. A bióloga e educadora ambiental, Elizabeth L.Gama, vai falar sobre a riqueza desta região e explicar o ecossistema da Floresta Amazônica.

Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá



quarta-feira, 20/10

Conhecendo a astronomia e os mitos indígenas sobre o eclipse lunar

Na virada do dia 27 para o dia 28 de outubro haverá um eclipse total da Lua. Mas você sabe o que é um eclipse?

A pesquisadora Mariângela de Oliveira-Abans, do Laboratório Nacional de Astrofísica, vai explicar que um eclipse lunar ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite. Durante um eclipse lunar total a Lua não desaparece, mas toma diferentes tonalidades, próximas do vermelho.

Além dessa explicação científica, vários povos têm mitos e lendas relacionados com os eclipses e os índios brasileiros não são diferentes. Alguns deles acreditam que no início do tempo e do espaço, antes de se fixarem no céu, o Sol e seu irmão mais novo, a Lua, habitavam a Terra, vivendo juntos diversas aventuras. Um dia, a lua foi morta por um espírito maléfico, chamado Jaguar, mas o Sol conseguiu recuperar os ossos da Lua e, utilizando a sua própria divindade, ressuscitou o seu irmão mais novo. Os índios acreditam que um eclipse lunar representa a Lua sendo devorada pelo Jaguar.

O professor e astrônomo Germano Bruno Afonso estuda a astronomia indígena e contará como os índios estão se preparando para olhar para o céu durante o eclipse.

Laboratório Nacional de Astrofísica
Universidade Federal do Paraná



quinta-feira, 21/10

Uma odisséia científica para descobrir a origem do universo

O que é a matéria? Do que é feita? Qual é a sua origem? Como permanece unida formando objetos tão complicados como as estrelas, os planetas, o ar e os seres humanos? A tarefa do maior laboratório de física de partículas do mundo, o Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) é buscar a resposta para estas questões fundamentais da natureza. Para tal objetivo, físicos do mundo inteiro se reúnem numa colaboração internacional, que envolve 56 países e organizações, dentre eles o Brasil.

Utilizando uma espécie de "túnel do tempo", os físicos simulam uma viagem até uma fração de segundo após a última grande explosão que resultou no universo que conhecemos, de acordo com uma das teorias físicas. O "túnel" de que se trata é um acelerador de partículas: uma infra-estrutura capaz de provocar choques entre as partículas que compõem a matéria e desmembrá-las, tal como se encontravam no início dos tempos. E, através dos detectores - equipamentos acoplados no acelerador de partículas, os pesquisadores observam o que se passa a partir do choque dessas partículas, o que os possibilita estudar a estrutura da matéria.

O físico Alberto Santoro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), vai contar sobre os mistérios do universo e como o Brasil participa das atividades do Cern.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro



sexta-feira, 22/10

Aprendendo física através de histórias em quadrinhos

Estudar Física utilizando tirinhas em quadrinho. Esta é a proposta do pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e professor da Uerj Francisco Caruso.

Aproveitando o talento da estudante Luisa Daou, autora dos desenhos, Caruso lançou, em julho de 2000, um antigo projeto: as "Tirinhas de Física", caixinhas com histórias em quadrinhos que abordam desde conceitos clássicos de mecânica, óptica e calor, a questões de física moderna, como antipartículas e expansão do universo.

Criados para complementar o ensino tradicional, o objetivo dos quadrinhos é facilitar o entendimento de idéias abstratas através de situações cômicas, tornando o assunto mais atraente e simples.

Em sua palestra, Caruso vai explicar o que o motivou a criar este projeto, abordando o seu caráter lúdico e a capacidade de motivar os jovens a aprender dessa forma, evitando a sistematização da Ciência. Caruso também vai apresentar o trabalho que vem sendo realizado na Oficina EDUHQ, destinada à produção dos quadrinhos, a partir da interação de pesquisadores, professores, graduandos e alunos de ensino médio. Ao final, o professor pretende apresentar uma amostra do material produzido.

Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
Universidade do Estado do Rio de Janeiro




Veja também:

"VideoconCiência" nas Escolas

Assista à transmissão do evento pela Internet

[RNP, 18.10.2004]