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RNP 21 anos

Painel RNP Maioridade reúne diretor-geral da RNP e representantes do MinC e do MS no 11º WRNP


O segundo dia do Workshop RNP (WRNP) teve entre suas atividades o painel RNP Maioridade, moderado pelo diretor-geral da organização, Nelson Simões. Presentes à mesa estavam José Murilo Carvalho, coordenador-geral da Coordenação de Cultura Digital do Ministério da Cultura (MinC), e Ana Estela Haddad, diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (DEGES/MS). O objetivo do painel foi apresentar as atividades da RNP, que recebe recursos do Programa Interministerial dos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência e Tecnologia (MCT) e debater sobre o futuro da organização com a ajuda do MinC e do MS, que tem se aproximado da RNP. “Vamos integrar ministérios em nome de uma visão comum. Hoje, a aproximação do MS e do MinC abre outras possibilidades de uso da infraestrutura”, disse o diretor-geral ao apresentar os participantes da mesa.

Simões iniciou sua apresentação com uma linha do tempo da RNP, destacando alguns momentos marcantes da organização, como a criação da rede experimental Giga e da Cooperação Latino Americana de Redes Avançadas (Clara), iniciativas como a Rede Universitária de Telemedicina (Rute) e as Redes Metropolitanas de Educação e Pesquisa (Redecomep), o programa Grupos de Trabalho da RNP (GT-RNP) e os projetos-piloto com o MinC e com o MS.

Falando sobre as tendências do futuro, Simões lembrou que a abundância de recursos de colaboração e comunicação leva as pessoas a trabalharem de forma diferente. Segundo o diretor geral, neste novo cenário o papel de pesquisadores educadores precisa ser revisto.

Ele apontou ainda alguns desafios que a RNP encontra ao completa 21 anos: aumentar a capacidade e abrangência da rede acadêmica; desenvolver atividades de identificação e autorização; e adotar modelos sustentáveis tanto em aspectos tecnológicos quanto humanos.

O diretor-geral finalizou sua apresentação lançando três questões que devem ser pensadas como forma de continuar atendendo as necessidades da comunidade beneficiada pela infraestrutura da RNP: Que novos resultados precisariam ser alcançados? Quais resultados alcançados deveriam ser aprofundados? Quais novos objetivos ainda não traçados precisam ser identificados?


Cultura Digital


José Murilo Carvalho iniciou sua apresentação dizendo que a reflexão sobre o impacto das tecnologias digitais e de redes no âmbito da cultura foi iniciada ainda na gestão de Gilberto Gil. Segundo ele, Nelson Simões ofereceu os insumos tecnológicos que catalizaram a transformação da reflexão em prática, viabilizando a parceria RNP-MinC.

Como realizações neste sentido em 2009, Carvalho destacou algumas atividades, como a conexão da Cinemateca Nacional à rede Ipê, o lançamento do livro Cultura Digital.br, e a realização do Fórum da Cultura Digital Brasileira, que implementou processos inovadores usando plataformas de interação de redes sociais.

Carvalho deu prosseguimento a sua apresentação falando sobre ações previstas no âmbito da cultura digital, como o armazenamento de acervos digitais, que inclui a coordenação de um projeto de desenvolvimento de protocolo aberto e distribuído de acervos digitais. Segundo ele o protocolo beneficia tanto o conteúdo físico digitalizado quanto a cultura que já nasce digital.

O coordenador-geral ressaltou que os projetos que envolvem cultura e redes envolvem ainda iniciativas de educação e inclusão digital e até projetos de governo 2.0, com aplicações como plataformas de consulta pública.


Telessaúde


Ana Estela Haddad iniciou sua apresentação reconhecendo a importância da parceria com a RNP para o Programa Nacional de Telessaúde (Telessaúde Brasil), do MS: “Hoje a gente não consegue mais imaginar como seria sem a parceria com a RNP”.

Ela explicou como funciona o Telessaúde Brasil, que estabelece núcleos nos hospitais universitários, que realizam a segunda opinião formativa respondendo dúvidas de equipes de saúde da família localizadas em cidades distantes dos centros de referência. Atualmente são nove núcleos de telessaúde com mais de mil pontos em funcionamento e quase 800 municípios atendidos.

Os nove núcleos do Telessaúde Brasil são também parte da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), iniciativa da RNP que fornece equipamentos e treinamento para melhorar a infraestrutura dos hospitais universitários e de ensino para colaboração a distância em pesquisa, atendimento e educação em saúde. “Os Grupos de Interesse Especial (SIGs) da Rute também tem interagido de maneira muito interessante com as políticas de saúde propostas pelo MS”.

Além disto, a diretora lembrou que a RNP e a Rute também são parceiras nas videoconferências que mobilizam profissionais de saúde do país inteiro em torno do estabelecimento de políticas unificadas contra epidemias como a dengue e o vírus H1N1.

[RNP, 26.05.2010]

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