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Diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da RNP abre 11º WRNP

Grupos de Trabalho sobre redes e middleware também se apresentam na manhã do primeiro dia do evento


Na manhã do dia 24/5 foi iniciado o 11º Workshop RNP, cujo tema desta edição é Imagem, Cultura e Colaboração. O evento, que este ano acontece em Gramado (RS), foi aberto com a mensagem de boas vindas do diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da RNP, Michael Stanton, que comentou brevemente a programação. Stanton ressaltou presença dos convidados e falou um pouco sobre cada um dos painéis que acontecerão nos próximos dois dias. “Sobre o tema ‘Imagem digital, Cultura e Colaboração’, estamos desde o ano passado com uma grande conectividade para o exterior, então entramos na seara de transmissão em rede de vídeos de alta qualidade como o 4K, uma resolução equivalente a quatro vezes a Full HD. Teremos uma mesa sobre isso mais tarde”, comentou o diretor.

Em seguida, Stanton abordou os Grupos de Trabalho (GT-RNP), “que são um forte esteio deste evento”, e se apresentam nesta manhã no Workshop. Stanton passou a palavra para a gerente de Pesquisa & Desenvolvimento, Daniela Brauner, que conduziu as sessões de apresentações dos grupos. “Dividimos os GT em dois blocos temáticos, primeiro os que trabalham com redes e middleware e em seguida os que desenvolvem aplicações, explicou Daniela. Além das apresentações, ao longo do evento os GTs também farão demonstrações dos resultados preliminares de seus estudos, em estandes distribuídos pelo espaço do WNRP.

GT-Unit

A apresentação foi iniciada pelo Grupo de Trabalho Monitoramento do Universo Torrent (GT-Unit), coordenado pelo professor Antonio Marinho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O objeto de estudo do grupo são as aplicações para troca de arquivo peer-to-peer (P2P), de grande popularidade, mas ainda com pouca informação sobre seu funcionamento. O objetivo do GT é criar uma arquitetura de monitoramento de BitTorrent, a aplicação P2P mais popular, por meio de “telescópios” focados em pontos específicos da rede.

“Há muitos desafios a serem superados para reunir esses dados. É uma escala interplanetária de usuários interligado em milhares de redes BitTorrent. Há uma heterogeneidade grande de componentes, com muitas extensões de protocolo”, comentou Marinho. Entre os benefícios listados pelo professor estão a maior segurança para o usuário e um aperfeiçoamento do protocolo para trocas P2P.

“Acreditamos que os métodos criados para o mapeamento terão grande impacto socioeconômico. Extraindo essas informações, poderemos detectar o conteúdo ilícito, ou a troca ilegal de conteúdo licito, e poderemos compreender melhor o perfil do usuário”, completou Marinho.

GT-BackstreamDB 2

A apresentação seguinte foi a do Grupo de Trabalho de Monitoramento de Trafego de Backbones Baseados em SGSD (GT-BackstreamDB 2) feita pelo professor Elias Duarte Jr, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O grupo tem como objetivo montar uma estratégia de monitoramento passivo de trafego de redes, gerando medições em tempo real. “Monitoramento passivo significa observar sem interferir. Por exemplo, poderemos identificar quantos pacotes de cada protocolo estão passando pela rede em um período pré-definido de tempo, e assim apontar problemas”, exemplificou o professor.

Criada com base nos mesmos estudos utilizados para o desenvolvimento do Serviço de Monitoramento da rede Ipê (MonIPÊ), a aplicação já esta implantada em caráter experimental nos Pontos de Presença do Paraná (PoP-PR) e de Santa Catarina (PoP-SC). O grupo está agora em seus segundo ano de trabalho, e tem como meta nesta fase implantar a aplicação em mais um PoP, além da montar de uma biblioteca de consulta de monitoramento.

GT DHTMesh

O Grupo de Trabalho Uma Rede Mesh sem Fio 802.11S com Alta Escalabilidade (GT-DHTMesh) trabalha com o novo modelo de redes wi-fi, com base na tecnologia mesh, que dispensa a ligação física por cabo entre o access point e alguma rede. “Os access points passam a ser denominados mesh points. Eles também podem ter a função de roteadores, e um deles terá que ter a funcionalidade de portal”, explicou o professor Marcos Cesar Madruga, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A questão é que as rede mesh estão definidas na especificação 802.11S, que só suporta um número limitado de mesh points. O GT desenvolve um protocolo de seleção de caminho que agrupa os mesh points em clusters, possibilitando a criação de redes bem maiores. “A nova rede vai visualizar cada cluster com um só nó. A ideia no nosso protocolo é eliminar mensagens de roteamento”, detalhou Madruga.

O GT está em contato com o programa Metrópole Digital, da prefeitura de Natal, que visa utilizar a tecnologia na criação de uma rede wi-max próxima a escolas, para que os alunos tenham acesso wi-fi no local e em residências próximas.

GT-SCTFed

Na definição do professor Joni da Silva Fraga, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Grupo de Trabalho Serviços para Transposição de Credenciais de Autenticação Federadas (GT-STCFed) é um “trabalho que trata sobre a translação de credenciais”.

A principal motivação do GT é permitir que membros de uma federação que utilize o middleware Shibboleth interajam com aplicações não-Shibboleth. “Há muitas comunidades que querem ingresso nas federações, empresas que oferecem produtos... Existe um mundo não-Shibboleth, e queremos que essas federações interajam”, comentou Fraga. O grupo usa os serviços Security Token Service (STS) e Credential Translation Service (CTS) para fazer o diálogo entre as credenciais de segurança das diferentes federações.

[RNP, 24.05.2010]

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