| Ministro da Cultura recebe propostas do Fórum da Cultura Digital BrasileiraJuca Ferreira encerrou seminário internacional O Ministro da Cultura, Juca Ferreira, recebeu as propostas para nortear políticas públicas no encerramento do Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira, no dia 21/11, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O conteúdo do documento está dividido em cinco eixos – artes, comunicação, economia, infraestrutura e memória – e foi tema de debates na rede social www.culturadigital.br nos últimos quatro meses. Durante o evento, as propostas foram consolidadas em mesas de discussão. O material estará disponível na rede social do Fórum em até duas semanas. Dispensando as formalidades e usando meias multicoloridas – “fazem parte da minha identidade”, disse o ministro –, Juca Ferreira colocou a cultura digital e a infraestrutura de Internet como elementos centrais no desenvolvimento. “Na última década, o Estado incorporou 30 milhões de brasileiros na economia. Mas é preciso dar mais que poder aquisitivo. É preciso ‘ressignificar’ completamente essas pessoas como cidadãos”, disse. “Encomendamos uma pesquisa ao IBGE e vimos que 92% dos municípios não têm cinemas. Que menos de 10% dos brasileiros já foram a um museu, e só 17% compram livros. Mas hoje são mais de 40 milhões de pessoas que acessam à Internet. A cultura digital já está no imaginário de milhões de brasileiros, e temos que conectar todo mundo na viagem que a humanidade pode fazer”, completou. O ministro finalizou informando que o documento deve ser tema de um debate constante. “Devem ser alvos de discussão permanente. Não se digere algo assim tão rápido. Precisamos formar uma sociedade que compreenda o digital”, afirmou. Carta do Fórum Alvaro Malaguti, gerente do projeto piloto MinC/RNP, afirmou que desde que o Fórum foi concebido, mostrou que a política de ciência e tecnologia interessa à cultura. “Vivia-se um processo de convergência de dispositivos, e o MinC disse que essa convergência também está no campo da vida”, afirmou. “Lembrei de Milton Santos: ‘Os fixos só ganham sentido a partir dos fluxos’. Essa foi a nossa aposta, e tenho certeza que estamos acertando”, completou. Carlos Magalhães, diretor da Cinemateca, disse que a instituição foi palco de uma invasão, e esse tipo de invasão é bem-vinda. José Herência, secretário de Políticas Culturais do MinC, afirmou que a experimentação não acaba ali, e que a cultura digital está reinventando o Estado. E Alfredo Manevy, secretário-executivo do MinC, contou que só viria para a abertura e encerramento, mas acabou envolvido pelo clima do Fórum e participou de todos os dias. “Saio daqui com uma visão mais nítida do que precisamos fazer. E não estou sozinho”, disse, resumindo o sentimento de todos. [RNP, 24.11.2009] |