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Grupos de Trabalho da RNP mostram seus projetos durante o 9º WRNP

Apresentações e demonstrações abriram o primeiro dia do evento


Tradicionalmente, o Workshop da RNP (WRNP) é uma oportunidade para os Grupos de Trabalho (GTs) da RNP apresentarem os resultados preliminares de suas pesquisas. Nesta nona edição do evento, que aconteceu nos dias 26 e 27 deste mês, não foi diferente. Logo após a Sessão de Boas-Vindas ao Workshop (no dia 26), começaram as apresentações dos sete grupos, que também fizeram demonstrações de seus projetos durante os dois dias do evento.

O programa Grupos de Trabalho RNP foi lançado em 2002 com o objetivo de viabilizar a criação de projetos colaborativos (entre a RNP e grupos de pesquisa nacionais) que demonstrem a viabilidade de uso de novos protocolos, serviços e aplicações de redes de computadores. Os resultados finais dos grupos, que desde 2005 são divididos em duas fases, costumam ser apresentados nos últimos meses de cada ano.


Gerência de redes e educação

Os primeiros grupos a se apresentarem foram os de gerência de redes: Transporte em Alta Velocidade (GT Travel), e Automatização de Diagnóstico e Recuperação de Falhas (ADReF).

O GT Travel, que está na primeira fase, iniciou as apresentações. O grupo mostrou seus resultados experimentais iniciais na elaboração de uma solução que visa a otimizar o transporte de grandes quantidades de dados nas aplicações usuárias do protocolo TCP. Como maneira de demonstrar a eficácia da solução, o grupo realizou downloads de um mesmo arquivo comparando os desempenhos da maneira “nova” e da “tradicional”.

Em sua apresentação, o GT ADReF (2ª fase) mostrou que houve um avanço em sua proposta inicial da primeira fase. Se antes o objetivo era elaborar uma infra-estrutura de tratamento de falhas nas redes, agora o grupo mostra que o sistema pode ser usado também para vários outros serviços (como, por exemplo, configuração de equipamentos e monitoramento de estatísticas). O grupo acredita que a solução criada colabore para a criação de uma base de conhecimento sobre as atividades de gerência de redes, automatizando e simplificando os processos.

Durante suas demonstrações, o GT ADReF ressaltou também o aspecto visual do sistema, que possui diagramas de fluxos. Isto confere facilidade e praticidade ao uso da solução, um dos objetivos do grupo.

Logo em seguida aos grupos de gerência de redes, foi a vez das apresentações dos GTs de educação: Infra Estrutura para Ensino a Distância (GT IEAD) e Educação a Distância (GT EDAD).

O GT IEAD, que está na segunda fase, mostrou um resumo de suas atividades na criação de um ambiente (de hardware e software) para transmissões multimídia interativas. Entre os diferenciais da solução proposta estão a qualidade superior das imagens e a possibilidade de transmissão em multicast. O GT mostrou que a infra-estrutura pode ser usada não só para ações de ensino a distância, mas também em atividades de telessaúde.

Em sua demonstração, o grupo exibiu o sistema em funcionamento. Nesta atividade, pessoas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Inmetro-RS e no WRNP usavam a solução para interagir por vídeo/áudio de alta definição e chat.

Ainda na área de educação, a apresentação seguinte foi a do GT EDAD, que tem o objetivo de prover um sistema integrado para disseminação de conteúdo didático multimídia. O sistema em questão, chamado de RIO, composto por um conjunto de servidores (de despacho e de armazenamento) e clientes, seria usado na disponibilização de aulas gravadas em estúdio para acompanhamento remoto dos estudantes.

Para demonstração, o grupo exibiu algumas aulas já gravadas que estão sendo utilizadas atualmente, através do RIO, pelo Cederj (consórcio de universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro) no curso de graduação em Tecnologia em Sistemas de Computação.


Ciberinfra-estrutura e cenários culturais

Na parte da tarde, o primeiro GT a se apresentar foi o Virtual Community Grid (GT VCG), que trata de ciberinfra-estrutura. O grupo, que está em sua segunda fase, elabora um serviço de processamento baseado em tecnologia de middleware para grades computacionais. A idéia central é que, através de um sistema de créditos, instituições possam disponibilizar (e usufruir dos) recursos ociosos de computadores para a execução distribuída de atividades computacionais.

Como demonstração, o grupo apresentou o protótipo do portal de usuários da grade. Através dele, foram explicados os processos de utilização do sistema, tais como: submissão de projetos à grade, gerência de créditos do projeto e certificação de máquinas, entre outros.

Por último, se apresentaram os grupos de conteúdo ligado ao universo cultural: GTs Museus Virtuais (GT MV) e Redes de Serviços Sobrepostos (GT Overlay), ambos de primeira fase.

O GT MV mostrou os primeiros resultados de seu projeto, cujo objetivo é a elaboração de um sistema de criação de museus 3D virtuais. A solução proposta inclui funcionalidades que vão desde a escolha de texturas específicas para as paredes do museu virtual até a alteração dos tamanhos das obras. Além disso, cada visitante do museu é representado no ambiente virtual (através de avatares), tendo a possibilidade de interagir não só com o ambiente, mas também com outros visitantes.

Como demonstração do sistema, o grupo levou uma réplica virtual do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), localizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O ambiente físico que inspirou o museu virtual também podia ser visto, através da transmissão contínua e em tempo real de uma câmera localizada na sala principal do NAC.

Encerrando as apresentações dos grupos, o GT Overlay, criado a partir do já finalizado GT de Gerência de Vídeo (GT GV), apresentou os resultados preliminares do planejamento e desenvolvimento de sua rede de serviços sobrepostos. O objetivo principal da criação desta rede é possibilitar a interconexão entre redes de distribuição de vídeo, permitindo o trânsito de conteúdos entre elas com uso otimizado de recursos.

Em sua demonstração, o grupo fez o roteamento de fluxos de vídeo passando por três redes sobrepostas distintas: a origem da transmissão estava em um nó do PlanetLab na Rede Clara (no Chile), o destino estava na rede da USP e a interligação entre ambos foi feita pela rede Ipê.

[RNP, 30.05.2008]

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Veja também:

9º Workshop RNP

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