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Redecomep levará alta capacidade até as organizações usuárias

Meta é beneficiar todos os estados


Para dar continuidade à nova infra-estrutura nacional em nível metropolitano, a RNP deu partida à iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), voltada para a implantação, num prazo de dois anos, de redes de alta velocidade nas 27 capitais atendidas pelos pontos de presença do backbone nacional da RNP.

A iniciativa conta com recursos de R$ 39,78 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, financiados pela Finep. Prevê a implantação da infra-estrutura das redes metropolitanas, incluindo cabeamento das fibras ópticas (próprias ou por meio de cessão de direitos) e aquisição de equipamentos para a rede lógica; e programas específicos para capacitação na operação das redes ópticas.

A estratégia da Redecomep é estimular a formação de consórcios para a administração das redes, uma experiência que já foi bem sucedida no passado. Em 1997, o edital Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (Remavs) propiciou a formação de 14 consórcios com o objetivo de promover a criação de infra-estrutura e serviços de redes de alta velocidade para os padrões da época.

A iniciativa tem como modelo um projeto-piloto já em andamento: o Metrobel, em Belém, no Pará. Financiado com recursos dos governos federal, o Metrobel é o primeiro projeto que se propõe a implantar uma rede metropolitana com fibra óptica e tecnologia Gigabit Ethernet voltada para uso da comunidade de educação e pesquisa.

“O envolvimento das instituições de ensino e pesquisa locais é vital para a concretização do projeto, uma vez que, após a implantação da rede, serão elas que deverão dar continuidade à gestão, custeio e sustentabilidade da infra-estrutura”, diz o coordenador nacional da Redecomep, José Luiz Ribeiro.

Usualmente, o modelo de conexão adotado depende de enlaces pontoa-a-ponto alugados das operadoras de telecomunicações. A grande vantagem que as redes próprias de fibras ópticas oferecem é a possibilidade de ampliar a capacidade de transmissão de dados sem custo adicional. Ou seja, enquanto no primeiro modelo o custo aumenta de acordo com a ampliação da capacidade contratada, no caso das redes com infra-estrutura própria o custo incremental é menor, pois a ampliação da capacidade dependerá apenas dos equipamentos eletrônicos instalados nas pontas do cabo óptico.

De uma maneira geral, as conexões existentes entre as instituições de educação e pesquisa e a rede da RNP (ou redes estaduais) são de baixa capacidade (entre 64 Kbps e 1 Mbps), impossibilitando a utilização de aplicações mais avançadas de comunicação e acesso à informação. A proposta da Redecomep é suprir essa necessidade, oferecendo às próprias instituições a possibilidade de gerenciar uma rede comunitária de baixo custo com capacidade gigabit. A solução é a utilização de fibras próprias, a parceria com organizações e empresas detentoras de fibras ou o aluguel das mesmas.

A grande motivação técnica para a empreitada foi a tendência mundial de convergir o protocolo de Internet (IP) com as redes ópticas. Esta convergência consiste em eliminar os diversos protocolos utilizados tradicionalmente em telecomunicações para o tráfego de dados em fibras ópticas, que encarecem o custo de iluminação das fibras, e usar o IP como protocolo principal de controle de transmissão, permitindo o melhor aproveitamento deste meio físico para aplicações avançadas.

As Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa estarão articuladas com a rede de nova geração da RNP no sentido de prover à comunidade acadêmica e científica brasileira um novo patamar de serviços Internet, possibilitando o progresso da ciência e da tecnologia e investindo em inovação.

[RNP, 18.05.2005]

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