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RNP estreita laços com projetos de colaboração internacional

Painel de aplicações avançadas expõe projetos que fazem uso de redes


Renato Sabattini (EduMed) via videoconferência Pela primeira vez, o Workshop RNP2 ofereceu um painel sobre aplicações avançadas em redes. Cinco diferentes áreas do saber foram abordadas: bioinformática, telemedicina, ciências ambientais, astronomia e física.

Representando a Fiocruz, Antônio Miranda, explanou sobre as novas tecnologias voltadas para a bioinformática, que permitem a análise de DNA, RNA e proteínas, e o alto consumo de banda gerado por ela, devido à complexidade de material biológico. Miranda comentou a respeito da parceria entre a Fiocruz e o Departamento de Informática da PUC-Rio para o desenvolvimento de banco de dados integrados para facilitar o trabalho dos biólogos.

Via videoconferência, Renato Sabattini, da EduMed, explicou o trabalho realizado por sua instituição voltado para o ensino de medicina a distância. Representando o Experimento de Larga Escala na Biosfera-Atmosfera na Amazônia (Projeto LBA), Osvaldo Luiz de Moraes, do INPA, demonstrou o trajeto dos dados coletados por cientistas na Amazônia até o banco de dados mantido no INPE no estado de São Paulo e como se dá sua distribuição para todos os demais países participantes da colaboração.

No campo da Astronomia e Física, o astrônomo Kepler de Souza Filho, da UFRGS, e o físico Alberto Santoro, da Uerj, demonstraram a importância das redes avançadas nas suas áreas. Souza Filho é presidente da Sociedade Astronômica Brasileira e representa o Brasil no Comitê Científico do SOAR (Southern Astrophysical Research Telescope), recentemente inaugurado no Chile, telescópio no qual o País tem 30% de participação.

— A observação remota necessita de transferência de imagens em tempo real, tanto de controle de telescópio, condições climáticas e instrumentais, quanto de imagens científicas – explicou Souza Filho a respeito da necessidade de uma boa infra-estrutura de rede de dados.

Alberto Santoro (UERJ) Santoro é o coordenador do consórcio brasileiro na colaboração do Compact Muon Spectrometer (CMS), um dos quatro detectores que farão parte do próximo acelerador de partículas (o Large Hadron Collider - LHC) do Cern, o maior laboratório de física de partículas do mundo. De acordo com Santoro, a previsão de dados coletados pelo acelerador, ao longo de um ano, é de 20 petabytes, isto é, 20 mil terabytes, e uma das maiores dificuldades que a colaboração vai encontrar será a manipulação de uma quantidade de dados científicos dessa ordem de grandeza.

— Para tentar solucionar o problema, o Cern fará uso da tecnologia Grid que, ao invés de concentrar toda a informação no seu laboratório em Genebra, como ocorre atualmente, é baseada no compartilhamento da informação entre diversas máquinas, de forma a facilitar o acesso dos físicos aos dados e arquivos a serem pesquisados ou transferidos. A Uerj fará parte do projeto de Grid, armazenando no Brasil parte das informações, não só do acelerador LHC, mas de todo o Cern - explica Santoro.

A intenção do painel de aplicações avançadas no 5WRNP2, de acordo com o diretor de Inovação da RNP, Michael Stanton, foi sensibilizar os freqüentadores do evento, que são da comunidade de P&D em redes, que os maiores usuários da RNP são de outras áreas do saber.

— A RNP se interessa muito na construção de pontes para estas áreas, para reforçar a consistência das sua defesa das necessidades da sua comunidade de usuários dentro e fora do País. Atualmente, estamos num momento muito bom para aumentar significativamente a capacidade nacional da RNP e a internacional, especialmente através da cooperação com outros países latino-americanos dentro do contexto Clara. Esta rede está participando com muito empenho na busca de soluções conjuntas com as redes da Europa e Estados Unidos, e a defesa destas soluções passa por uma identificação bastante caprichada das necessidades dos nossos usuários – diz Stanton.

Stanton acredita que a inserção do painel de aplicações avançadas na programação do workshop indica uma tendência de amadurecimento da RNP. Uma vez já tendo ultrapassada uma fase inicial mais relacionada aos aspectos técnicos de rede, a instituição está começando a desenvolver um trabalho mais voltado a atender às necessidades das organizações usuárias do backbone.

[RNP, 26.05.2004]

Consulta em noticias

 


Notícia principal:

5º Workshop RNP2 proporciona amplo espaço de discussão

Diversidade de painéis e colaborações internacionais favorecem o debate


Outras coordenadas:

Futuros serviços foram apresentados no estande da RNP

Telefonia sobre IP atrai visitantes

Foram aprovadas todas as propostas pré-selecionadas para o Giga

Algumas terão que reajustar o orçamento

Grupos de Trabalho resultaram em serviços que serão oferecidos pela RNP

Workshop ofereceu sala exclusiva dos GTs


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