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Rede Rio: pioneirismo na evolução das redes acadêmicas do país

Setor público passou a oferecer mais serviços aos cidadãos


Backbone da Rede RioUm link internacional próprio e um papel pioneiro na prestação de Internet para o país. Estes são os grandes destaques da Rede Rio. Com 200 instituições conectadas atualmente, a rede, que contribuiu para o grande passo da Internet brasileira no passado, vem se preparando para o futuro. Dois projetos já foram aprovados e estão em andamento: a ampliação do backbone de 155 Mbps para 1 Gbps e a sua participação no Projeto Infovia de levar a Internet à regiões do interior do estado.

A história da Rede Rio começa nos primórdios da Internet no Brasil. Entre as primeiras experiências brasileiras de conexão à rede, no final dos anos 80, está a da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Tal experimento foi o embrião para a criação da Rede Rio, inaugurada em maio de 1992. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) foi a responsável financeira pelo projeto e é quem gerencia e financia a rede atualmente. Cerca de R$ 300 mil dólares foram gastos para a compra dos equipamentos iniciais.

Na época, apenas 10 instituições faziam parte da rede - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), PUC-Rio, Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto Politécnico da UERJ, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e Ibase. A espinha dorsal (backbone) era constituída de três pontos de troca de tráfego - localizados na UFRJ, PUC, LNCC - e uma conexão internacional via satélite entre UFRJ e Universidade da Califórnia em San Diego mantida com apoio financeiro da UFRJ.

— O acesso às pesquisas feitas no exterior exigia o recebimento de periódicos caros, que muitas vezes chegavam atrasados, ou de contatos pessoais com pesquisadores estrangeiros em congressos, encontros etc. A Internet abriu um novo horizonte para o acesso, a troca e o envio de informações relativas às pesquisas desenvolvidas no Estado - explica o coordenador-administrativo da Rede Rio Washington Braga.

O pioneirismo das ações da Rede Rio também pode ser ilustrado através de algumas transmissões realizadas. Em 1994 e 1995 a Rede Rio realizou os primeiros experimentos de transmissão em multicast com acesso direto ao Mbone (o multicast backbone). Foram transmitidas as sessões técnicas do First Internacional Telecommunications Symposium e do Congresso Internacional sobre Computação em Física de Altas Energias ocorridos no Rio de Janeiro. Posteriormente, com o apoio da RNP, a Rede Rio promoveu a participação virtual de uma pesquisadora do Observatório Nacional em uma conferência internacional da Internet2.

Na opinião de Braga, a RNP e a Rede Rio são muito próximas e complementares. De acordo com ele, devido ao canal de comunicação de 200 Mbps entre as duas, os usuários do Estado têm um acesso ao backbone nacional e às instituições americanas integrantes ao projeto Internet2. Assim, quando cai o canal internacional direto da Rede Rio, o atendimento ao usuário não é interrompido.

— Por outro lado, os usuários da RNP têm acesso rápido às instituições localizadas no Rio de Janeiro, quer para fins de pesquisa, quer para troca ou acesso às informações em geral. Cada uma tem a sua importância. A RNP no contexto nacional e a Rede Rio no âmbito estadual. - diz Braga.

[RNP, 23.09.2003]

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Outras referências:

Rede Rio de Computadores

Rede estadual do Rio de Janeiro