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Diretor da RNP participou da 2ª Oficina para a Inclusão Digital

Redes comunitárias são alternativa para universalização


O diretor geral da RNP, Nelson Simões, apresentou palestra sobre otimização de redes e acesso universal na 2ª Oficina para a Inclusão Digital, realizada em Brasília, nos dias 26 a 30 de maio. O evento, organizado pela Rede de Informações para o Terceiro Setor (Rits), pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e pela ONG Sampa.org, reuniu especialistas da sociedade civil, do governo e do setor privado com o objetivo de elaborar propostas que promovam a inclusão digital.

Simões apresentou-se no segundo dia do evento, junto com o subsecretário de planejamento e orçamento do Ministério das Comunicações, Marcos Dantas, e o diretor de desenvolvimento da Rits, Carlos Afonso. Em sua palestra, o diretor da RNP defendeu a formação de redes comunitárias como alternativa para garantir a universalização de acesso às aplicações em educação, saúde, cultura e ciência.

Ele propõe que, para estas aplicações de interesse público, as redes sejam encaradas como patrimônio de determinada região (cidade, bairro, campus etc.) e não como um serviço. Desta forma, cada comunidade cria, através de condomínio financiado pelo Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), uma infra-estrutura própria de universalização, integrando-se primeiro regionalmente e, depois, nacionalmente. Este modelo possibilita uma redução da complexidade e dos custos de manutenção da rede e infra-estrutura de TI, cria sinergia com as iniciativas já existentes e, mais importante, viabiliza o uso de aplicações adequadas às necessidades atuais e futuras de escolas, bibliotecas, telecentros, postos de saúde etc.

A implantação deve ser feita em parceria com empresas, através da aquisição dos direiros de uso de fibras ociosas ou pela extensão conjunta da fibra instalada para regiões com baixo interesse econômico, mas com grande interesse social. A manutenção é feita em forma de condomínio.

Estas redes comunitárias se interligam por redes regionais – existem várias iniciativas estaduais consolidadas no País – e nacionais. Simões explicou que, apesar dos custos maiores para instalação, redes comunitárias têm sido adotadas em vários países como estratégia de universalização de acesso, em função do reduzido custo de atualização e manutenção. Nas experiências no Brasil e exterior, o retorno do investimento destes projetos ocorre em até 18 meses. A palestra de Nelson Simões está disponível no site da RNP (veja ao lado, em "documentos relacionados").

A 2ª Oficina para a Inclusão Digital foi dividida em duas etapas: nas manhãs dos dias 27 a 29 de maio eram realizadas plenárias abertas ao público com apresentação de palestras sobre temas relacionados a inclusão digital e inclusão social. Nas tardes dos mesmos dias, grupos de trabalho (GTs) formados por especialistas convidados pela organização do evento discutiam as estratégias para a viabilização da inclusão digital. No último dia do evento, 30 de maio, as propostas elaboradas pelos grupos de trabalho foram reunidas para compor um relatório final. (Veja mais informações sobre o trabalho dos GTs na notícia coordenada "Grupos de trabalho traçam estratégias para inclusão digital".)

Paralelamente à oficina foi realizada a 3ª Conferência Internacional de Governo Eletrônico e Estratégias Aplicadas para Melhoria da Gestão Pública (e-Gov Fórum III). Para mais informações e outras notícias sobre os dois eventos, visite o sitehttp://www.viaforum.com.br/ ev_eGov+inclus_digital.htm.

[RNP, 30.05.2003]

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