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RNP inaugura quarta conexão ao backbone mundial 6Bone

Agora, Brasil mantém conexões para EUA, Europa, Japão e América Latina


A Rede Nacional de Pesquisa (RNP) implementou mais uma conexão internacional IPv6 do Br 6Bone, desta vez com o Laboratorio de Ingenieria en Sistemas de Información da Universidad Tecnológica Nacional, Facultad Regional La Plata, na Argentina. Atualmente, cerca de 40 países fazem parte do projeto 6Bone liderado por um grupo de trabalho da Internet Engineering Task Force (IETF) e o Brasil mantém outras três conexões com este backbone mundial virtual: a mais recente foi inaugurada em fevereiro deste ano com a RCCN - Rede da Comunidade Científica Nacional em Portugal; a primeira foi estabelecida em março de 1998 com a Cisco System, nos EUA e, em outubro do mesmo ano, com a Nippon Telephone and Telegraph, no Japão.

O 6Bone é um resultado independente do projeto Internet Protocol Next Generation (IPng) da IETF que criou o protocolo IPv6, candidato a sucessor do protocolo em uso na Internet, conhecido como IPv4. O IPv6, assim como o IPv4, é um protocolo IP - Internet Protocol de funções básicas, responsável pelo roteamento de pacotes entre dois sistemas que utilizam a família de protocolos TCP/IP. Ele está sendo desenvolvido para oferecer melhores funções de gerenciamento de endereços, viabilizar a implementação de funções de qualidade dos serviços e de segurança em rede, além de ampliar o espaço de endereçamento na Internet. O 6Bone é um projeto colaborativo informal que já alcança a América do Norte, Europa, Japão, Ásia e América Latina, cujo objetivo é desenvolver as primeiras políticas e procedimentos necessários para promover o transporte de IPv6 de uma maneira razoável, de forma a proceder com os testes e experimentos. Não pretende desenvolver novas arquiteturas de interconexão de redes, procedimentos nem políticas que já são de conhecimento de PSIs e operadores de redes de usuários. A meta é envolver a maior quantidade de PSI e operadores de redes de usuários no 6Bone para garantir uma transição estável.

A implementação do 6Bone se dá através da criação de uma rede virtual sobre a rede física Internet baseada em IPv4 para permitir o roteamento de pacotes IPv6 já que muitos roteadores em produção não são compatíveis com esta função. O 6Bone é composto de ilhas que suportam pacotes IPv6, conectadas por links ponto-a-ponto virtuais, chamados de "túneis". Os pontos finais dos túneis são workstations que possuem sistemas operacionais com suporte para IPv6. Uma parte essencial na transição do IPv4 para IPv6 é o desenvolvimento de uma infra-estrutura de backbone IPv6 que se estenda por toda a Internet para o transporte destes pacotes. Assim como acontece com os backbones IPv4 existentes, o backbone IPv6 vai ser composto de vários Provedores de Serviço Internet (PSIs) e redes de usuários interconectados para prover uma Internet mundial.

O Br 6Bone é um projeto do Laboratório de Configuração e Testes (LCT) da RNP de implementação de um backbone nacional virtual de experimentos com o protocolo IPv6. Os Pontos de Presença da RNP em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, além do CEFET-BA fazem parte do Br 6Bone e promovem testes de conectividade IPv6 ao 6Bone através de túneis IPv6/IPv4, com troca de rotas através do protocolo BGP4+; de interoperabilidade entre plataformas; de segurança com IPSec; e de ferramentas de transição do IPv4 para o IPv6 etc. Outras três instituições estão em processo de solicitação de endereços.

No âmbito do projeto Internet2 existem experimentos em andamento na forma de testbeds de uso do IPv6 implementados nos backbones vBNS e Abilene.

[RNP, 13.09.1999]

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