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Educação e Saúde são as primeiras aplicações na Internet2 no País

Doze consórcios de empresas públicas e privadas estão implantando planos que viabilizam a highway virtual do século XXI


A Internet2 brasileira está surgindo e a Medicina e a Educação são duas das áreas que já vislumbram os benefícios que ela trará. Este é o quadro que será exposto durante o "I Workshop RNP2: Infra-estrutura para a Internet 2 no Brasil", o primeiro encontro nacional para decidir os rumos das REMAV - Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (que operam a 155 Mbps), pontos de partida para a criação da RNP2 (a Internet 2 no Brasil). Os workshops serão apresentados por representantes dos 12 consórcios REMAV, que estão espalhados geograficamente por todo o País e são fruto da parceria entre empresas públicas, privadas e universidades. O evento reunirá, ainda, mais de 150 participantes e convidados, nos dias 12 e 13 de maio no Hotel Bourbon (Rua Cândido Lopes, 102). A promoção do evento é do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), a realização é de responsabilidade da RNP (Rede Nacional de Pesquisa) e do ProTeM-CC (Programa Temático Multiinstitucional em Ciência da Computação) e a organização pelo CITS (Centro Internacional de Tecnologia de Software).

Liderado pela USP (Universidade de São Paulo), o consórcio da rede paulistana prioriza a tele-medicina para, entre outros avanços, possibilitar a troca de imagens resultantes de exames médicos cardiológicos realizados em tempo real. Em princípio, as aplicações de tele-medicina deverão incluir o INCOR (Instituto de Coração) do Hospital das Clínicas e a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. As de tele-educação deverão mobilizar esforços da PUC-SP e da NET (Operadora de TV a Cabo).

A METROPOA (Rede Metropolitana de Alta Velocidade de Porto Alegre) também desenvolve um sistema de videoconferência e acesso a multimídia interativa para uso em tele-medicina e em educação à distância. O grupo gaúcho é liderado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e conta com a participação da PUC/RS, da Unisinos (Universidade do Vale dos Sinos), da Procempa (Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre), da Procergs (Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul) e da CRT (Companhia Riograndese de Telecomunicações). Monitorar em tempo real o trânsito viário em pontos estratégicos em Porto Alegre para acompanhamento e educação de trânsito é outro propósito da rede local. Aliado a um sistema de atendimento ao cidadão que vai disponibilizar informações ao público em geral, através de estação multimídia interativa instalada no Centro de Atendimento ao Cidadão.

Em um dos principais pólos tecnológicos brasileiros, o consórcio liderado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) contemplará as áreas de saúde e educação nas redes de alta velocidade com experimentos em transmissão de eventos e tecnologias para educação à distância e no ensino dirigido à área médica. A Unicamp também desenvolve a pesquisa de potenciais usos dessas novas tecnologias na formação e trabalho de professores, bem como transmissão de seminários e cursos para a comunidade acadêmica. As tecnologias em teste incluem servidores para chat, áudio e vídeo e prometem facilitar o processo de comunicação que determina qualquer atividade de aprendizagem. Na área da Saúde, o projeto avaliará o desempenho de aplicações de tele-diagnóstico baseado em consultoria remota, objetivando apoiar atividades de atendimento de saúde em regiões sem infra-estrutura médica adequada ou em situações emergenciais. Participam ainda do consórcio a Embrapa, a Prefeitura Municipal de Campinas e a operadora de TV a cabo Net-Campinas.

Em São Paulo e Campinas, a Net Canal também participa dos respectivos consórcios, apresentando projetos de melhor transmissão de seus serviços com tecnologia de ponta. Nas duas cidades, a empresa está contribuindo na oferta de infra-estrutura de rede instalada, cooperando na operação e identificação de fatores limitantes da gerência da qualidade do serviço, além de implantar um servidor de vídeo para uso das aplicações desenvolvidas no perímetro dos consórcios.

[RNP, 26.04.1999]

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